Guerra nas Estrelas , a maior de todas as sagas
Quais são os símbolos e mitos que compõem as aventuras criadas por George Lucas.
Leandro Sarmatz / Luiz Iria
Entenda como a série Guerra nas Estrelas transformou-se em objeto de adoração mística de milhões em todo o mundo. Quais são os símbolos e mitos que compõem as aventuras criadas por George Lucas? Com você, os bastidores daquela que pode ser a primeira religião surgida na era do entretenimento
“Se há apenas um Deus, por que há tantas religiões?”, perguntou o menino de apenas 10 anos à mãe. Não se sabe a resposta que a senhora Lucas deu ao curioso filho. A do moleque todos nós sabemos. George Lucas criou sua própria religião.
Desde 1977, quando Guerra nas Estrelas ganhou as telas de cinema do planeta, legiões de fãs de todas as idades e credos são continuamente mesmerizadas a cada novo episódio – o mais recente deles, O Ataque dos Clones, já pode ser conferido em todo o Brasil – pelas aventuras intergalácticas de Luke Skywalker contra o tenebroso Darth Vader. Uma odisséia permeada de elementos caros ao imaginário pop: histórias em quadrinhos, faroestes e ficção científica a granel.
Mas os fãs também arregalam os olhos para um detalhe: mais do que qualquer outro artefato da indústria do entretenimento, a saga do diretor e produtor George Lucas parece recheada com o material de que são feitos os mitos: o eterno embate entre o Bem e o Mal, a iniciação do herói, a busca por um sentido universal. Tudo isso, é claro, hollywoodianamente empacotado com os últimos avanços em efeitos especiais e editado na medida para tirar o fôlego da audiência.
“Com Guerra nas Estrelas, eu conscientemente tenho fixado minha idéia sobre recriar mitos e motivos mitológicos clássicos. Eu quis lidar com assuntos que existem hoje”, afirmou o diretor numa famosa entrevista com o jornalista Bill Moyers na revista Time. Ou seja: o propósito de Lucas é fazer com que as multidões de hoje possam conhecer a si mesmas através de mitos ancestrais sobre a condição humana.
Talvez essa ambição tenha começado há mais de 30 anos, quando George Lucas era apenas um estudante de Cinema na Universidade de Southern Califórnia. (A escolha por cinema rendeu boas dores de cabeça ao futuro diretor. Seu pai era dono de uma papelaria e sonhava ser sucedido no negócio pelo filho assim como Darth Vader deseja que Luke se bandeie para o lado escuro da Força. Quando saiu de casa, crivado de rancores, Lucas prometeu ao pai ficar milionário antes dos 30. A relação difícil entre pais e filhos é um dos grandes temas de Guerra nas Estrelas e, quem sabe, um dos maiores fatores de identificação com o público.)
Na universidade, o futuro diretor entraria em contato com a obra do mitólogo americano Joseph Campbell (1904-1987), autor de pelo menos um clássico no assunto, O Herói de Mil Faces. Foi um momento decisivo. Na obra de Campbell, estavam devidamente destrinchados todos os aspectos da formação do mito do herói. Embora não prestasse atenção nas características históricas que diferenciam cada mito, Campbell era um erudito em assuntos religiosos e narrativas orientais. (Mais tarde, o estudioso iria se render aos encantos de Lucas, participando de debates durante a composição de alguns dos episódios de Guerra nas Estrelas e mesmo analisando algumas das figuras presentes nas histórias.)
Depois de um início de carreira relativamente bem-sucedido – principalmente a sombria fantasia futurista THX 1138 (1970) e a comédia adolescente Loucuras de Verão (1973) –, Lucas armou-se com seu lápis nº 2 e suas anotações sobre mitos e heróis e começou a desenhar as grandes linhas de força de Guerra nas Estrelas. Queria criar uma saga que mesclasse alguns ensinamentos das principais religiões com a carga de diversão e adrenalina dos filmes (principalmente faroeste e ficção científica) do passado.
Apesar de já ter realizado um filme de ficção científica, dessa vez estava decidido a entrar para a história do cinema. E – não menos importante – Lucas sonhava faturar muito com um conceito do qual ele foi um dos introdutores: o licenciamento de bonequinhos, camisetas, biscoitos etc. (Sobre THX 1138 há uma anedota já famosa nos meios cinematográficos. Que é bastante instrutiva a respeito da personalidade do criador de Darth Vader. Contam que uma mulher que estava trabalhando com Lucas durante a produção de Os Caçadores da Arca Perdida (1981), de Steven Spielberg, teve a audácia de elogiar seu primeiro filme futurista. Resposta de Lucas, o pragmático: “Mas ele não fez dinheiro”.)
Guerra nas Estrelas, em compensação, fez (e continua fazendo) rios de dinheiro. Mas o mais importante – pelo menos para os fãs de cinema – é que a saga fornece um irresistível modelo de conhecimento interior para muita gente. “Não é difícil ler os episódios de Guerra nas Estrelas como contos de sabedoria”, afirma o psicólogo americano Jonathan Young, especialista em mitos e entusiasta das histórias de vida encerradas nos filmes de George Lucas.
Que tipo de sabedoria? É mais simples do que parece. Acima de tudo, os filmes pregam a necessidade de ouvir a voz interior. Aquele papo de confiar nos instintos que todo jedi aprende desde criancinha. Esse tipo de corolário já atraiu muitos detratores, que consideram o trabalho de Lucas mero “misticismo para as massas”. O diretor nem liga, como diz ao jornalista Bill Moyers, autor de um livro de entrevistas com – veja só – o inspirador de Lucas, Joseph Campbell: “Eu pus a força para tentar despertar um certo tipo de espiritualidade em pessoas jovens – mais uma convicção em Deus do que uma convicção em qualquer sistema religioso”.
Parece que conseguiu. No último censo dos Estados Unidos, milhares de americanos declararam ser da religião jedi. Na Inglaterra, os “Cavaleiros Jedi” ganharam reconhecimento oficial por parte das autoridades desde o censo de 2001. Um pouco de exagero, talvez. (Imagine os milhões de leitores de Harry Potter declarando-se de religião “Potter”.) A distorção, porém, revela um fundo de verdade: por mais descosido que possa parecer o retalho de mitos e sabedoria religiosa em Guerra nas Estrelas, suas idéias têm inspirado muita gente. “A série possui elementos de contos de fadas, dos contos tradicionais e das histórias heróicas”, afirma a historiadora belga Muriel Verbeeck, professora de Filosofia da Religião no Instituto Superior de Belas Artes, em Liège, na Bélgica, e grande fã da saga.
Esse “conto de fadas” apresenta temas fundamentais – que fazem parte da tradição oral e literária desde a Ilíada, a grande epopéia do poeta grego Homero, passando pelas narrativas sobre a busca do Graal e as lendas do Rei Arthur. O principal deles é o mito do herói, encarnado em Luke Skywalker e, ao menos em A Ameaça Fantasma e O Ataque dos Clones, em Anakin, o “lado bom” e imaturo de Darth Vader.
O herói, que, no início, é sempre uma pessoa comum, vivendo com parentes comuns (quase nunca seus verdadeiros pais, mas tios e tutores), começa a despertar da banalidade quando as pessoas que ele mais ama são feridas. A partir dessas circunstâncias familiares, as narrativas sobre heróis logo mostram eventos extraordinários. Esses dramas e aventuras iniciáticas preparam o herói para uma visão mais compassiva do mundo. As perdas (como a cena em que Anakin, em O Ataque dos Clones, carrega o corpo inerte da mãe numa lentidão e num pesar dignos do andamento hierático da tragédia grega) educam o herói sobre a inutilidade de qualquer esforço diante da morte.
A coragem é formada a partir desses eventos trágicos. E isso desde Aquiles, o primeiro grande herói do Ocidente, o impávido guerreiro da Ilíada: “A virtude por excelência na Grécia de Homero foi a coragem na guerra. O herói é, em um sentido comum, o defensor da cidade, e isso ele faz com base na coragem”, diz Marco Zingano, professor de Filosofia Antiga na Universidade de São Paulo (USP). “A formação do homem grego compreendia o heroísmo.”
Durante séculos (e mesmo ainda hoje), os heróis gregos galvanizaram os espíritos dos leitores com aventuras triunfais. Porém, cada época encontra os mitos que respondem às suas indagações mais profundas. No final da Idade Média, os heróis dos romances de cavalaria eram tão internacionais quanto os santos. E tinham uma característica profana que divindade alguma poderia ostentar: o charme irresistível, a sedução inapelável. Um cavaleiro que, na Inglaterra, era conhecido como Bevis de Hampton, ganhava o nome de Buovo d’Antone e Bova Korolevitch na Rússia. Franceses tinham Rolando, assim como os espanhóis vibravam com El Cid.
O mesmo se deu, às vésperas do século XX, com os caubóis da mitologia americana. Habitando terras virgens de lei, onde o Estado era mais uma figura de linguagem do que uma presença efetiva, esses personagens equilibravam-se na linha tênue que separa o crime da virtude. Mais tarde, ganhariam encarnação cinematográfica (e existiu algum caubói mais relutantemente virtuoso e sábio que John Wayne?) e seriam entronizados no panteão do imaginário popular do nosso século.
Mas qual é a essência, a base do heroísmo? É – para falar na língua de Guerra nas Estrelas – a Força. Obi-Wan Kenobi descreve a Força como “o que dá poder ao jedi. É um campo de energia criado sobre todas as coisas. Nos cerca e nos penetra. Mantém a galáxia unida.”
A Força é descrita por oposições: Bem versus Mal, Luz versus Trevas. Eis, entregue de bandeja, uma das maiores marcas que a filosofia oriental deixou na cabeça de George Lucas, que, como tantos californianos, consegue misturar capitalismo avançado com sapiência oriental. De acordo com o Taoísmo, filosofia surgida na China por volta do século III a.C., o Tao (caminho) é a única fonte de força do universo. O equilíbrio do indivíduo é estabelecido quando a Força (Ch’I), uma energia que sustenta a vida, flui no corpo e se estende de forma triunfante e benéfica.
O Oriente, aliás, é presença constante na narrativa de Guerra nas Estrelas. Ben Kenobi talvez seja a figura mais emblemática nesse sentido. Sábio e habilidoso, o professor dileto de Anakin e Luke prega a harmonia entre corpo e mente. Na mitologia japonesa do século XII, os mestres samurais acreditavam que o melhor para quem buscava a justiça universal era preparar a cabeça e o corpo, a alma e a carne. Yoda, o Buda intergaláctico, recende a sabedoria dos mosteiros: um verdadeiro mestre paciente e virtuoso, guiando seus discípulos rumo ao caminho dos justos.
Outras influências, menos propaladas que as da filosofia oriental, são as da cultura pop. Com esse tipo de referência, Lucas distribui pistas mais veladas. O deserto de Tatooine, onde Anakin passa seus primeiros anos, evoca as desoladas paisagens áridas de Duna, romance futurista-apocalíptico de Frank Herbert que virou filme do esquisitão David Lynch. Filmes B sobre o Império Romano, pérolas kitsch do final dos anos 50, também podem ser encontrados em meio às citações que o diretor distribui ao longo da saga – a pose dos senadores, as discussões bizantinas sobre a República etc. A dívida com outro romance de ficção científica também é forte, dizem os especialistas. O ciclo intitulado Lensman, de Edward E. Smith, iniciado com o romance Triplanetary (1934), mostra uma epopéia sideral com muita mitologia.
Na infância, Lucas teria consumido avidamente os romances de Smith – assim como o monumental O Senhor dos Anéis, caldeirão de mitos celtas (os ewoks, as criaturas da floresta, equivaleriam aos hobbits) que apareceu em filme em 2002.
Mas todas essas referências não fariam muito sentido se não estivessem a serviço de uma reflexão, às vezes poderosa, outra, ingênua, a respeito dos limites entre público e privado, entre valores familiares e ambições individuais. Enfim, toda a incandescente matéria que sempre fez arder os espíritos aqui, na Grécia ou em algum reino sideral. Guerra nas Estrelas discute, em meio a suas aventuras, o peso da herança e das ilusões paternas. No fundo, o que está em jogo é o direito de sucessão de uma “empresa familiar”, e a recusa do herdeiro em assumir esse pesado fardo.
Ao refrearem seus impulsos individuais em nome do bem-comum, os heróis da saga são obrigados a conviver com a sombra da renúncia, uma dolorosa escolha pessoal. Mesmo a perversidade wagneriana de Darth Vader tem algo de deliberado auto-sacrifício. Afinal, quem gostaria de se ver transformado numa espécie de autômato a serviço do Mal?
Muito latim (e anglo-saxão) já se gastou nas últimas três décadas para explicar o êxito de Guerra nas Estrelas. Uma coisa é certa: a geração de Lucas reinventou o cinema de aventuras e o gosto pelas matinês numa época em que Hollywood finalmente parecia ter amadurecido. Alguns dos grandes sucessos dos anos 70 foram filmes densos em metáforas sobre a violência (Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick), permeados de lutas fratricidas por um império (O Poderoso Chefão, de Francis Ford Coppola) ou da busca da verdade pela exposição de cruéis relações familiares (Chinatown, de Roman Polanski). Mas eram filmes para adultos. Crianças (e principalmente adolescentes, o maior público das salas de cinema) não podiam ver nada disso.
Lucas (assim como Steven Spielberg e outros diretores americanos nascidos no pós-guerra) fez parte da primeira geração da história amamentada à base de TV e quadrinhos. Esperto, soube conjugar todos aqueles elementos que atraíam multidões de adultos para as salas de cinema – a violência, as famílias cindidas, a luta pelo poder e a glória – em entretenimento para todas as idades. Para alguns opositores, o que ele conseguiu fazer com suas produções milionárias, estratégias de marketing globalizadas e licenciamento de produtos foi ajudar a sepultar em vida um tipo de cinema que fazia pensar e (não menos importante) que gerava receita.
Verdade ou não, o fato é que, com sua saga interplanetária, George Lucas transformou o cinema num pátio de milagres para as multidões. E também – por que não? – num poderoso instrumento de conhecimento humano.
Frases
A sabedoria oriental está presente nas aventuras de Guerra nas Estrelas
Lucas fez parte da primeira geração amamentada à base de TV e quadrinhos
A força está com eles
Uma radiografia dos principais heróis e vilões de Guerra nas Estrelas
DARTH VADER
Características – O grande nome do “lado escuro da Força”. É literalmente o emblema do Mal, a personificação dos poderes negativos. O ex-jedi Anakin, pai de Luke Skywalker, é um verdadeiro instrumento de horror de Palpatine.
Percurso – Anakin Skywalker, jovem com incríveis habilidades, é escravo em Tatooine. Descoberto pelo mestre jedi Qui-Gon Jinn, Anakin é levado para receber treinamento entre outros cavaleiros jedis. Seu tutor é Obi-Wan Kenobi. Porém, descontente com o que ele considera falta de reconhecimento, Anakin é seduzido pelo lado escuro da Força. É o início da lenda lúgubre de Darth Vader.
Momento inesquecível – O momento em que salva seu filho Luke das garras de Palpatine, em O Retorno de Jedi (1983).
Mito – Saturno, deus romano que devorou os próprios filhos.
LUKE SKYWALKER
Características – Existe herói mais boa-praça do que Luke? Guerreiro corajoso, ele teve que se haver com a tentação de se bandear para o lado de Darth Vader – nunca é fácil opor-se às ambições paternas.
Percurso – Luke passa a infância em Tatooine com seus tios. Desconhecendo suas verdadeiras origens, Luke acredita que seu pai tenha morrido, sem suspeitar que leva o mesmo sangue daquele que pode ter sido o maior e mais problemático de todos os jedis: Anakin Skywalker. Tudo muda quando seu tio compra dois robôs usados, C-3PO e R2-D2, que o levam a Obi-Wan Kenobi, um antigo mestre jedi.
Momento inesquecível – A descoberta de que Darth Vader é seu pai, em O Império Contra-Ataca (1980).
Mito – Aquiles, o grande guerreiro da Ilíada.
OBI-WAN KENOBI
Características – Mestre de duas gerações de Skywalkers, em O Ataque dos Clones Ben Kenobi sofre nas mãos do rebelde Anakin.
Percurso – Dedicado cavaleiro jedi, Ben Kenobi treina Anakin e depois desperta Luke para a Força. Leva uma existência tumultuada, repleta de embates e de lutas pela justiça.
Momento inesquecível – O confronto final com Darth Vader em Uma Nova Esperança (1977).
Mito – Mestre samurai.
HAN LO
Características – Mercenário, Han Solo esconde suas maiores qualidades sob uma capa de cinismo e individualismo.
Percurso 0Acompanhado do seu co-piloto Chewbacca, Solo parece apenas mais um homem a serviço de quem pode pagá-lo, mas em Uma Nova Esperança (1977) ele salva a vida de Luke no momento em que a nave de Darth Vader iria fuzilar o grande mocinho da saga.
Momento inesquecível – O momento em que Darth Vader o congela com carbonite em O Império Contra-Ataca (1980).
Mito – Ulisses, da Odisséia, sagaz e heróico.
PRINCESA LEIA
Características – A irmã gêmea de Luke é uma legítima representante de todos os ingredientes de uma verdadeira nobreza: coragem, lealdade e senso de justiça.
Percurso – Irmã de Luke Skywalker, a princesa Leia Organa Solo é levada secretamente por Ben Kenobi para Alderaan, enquanto Luke vai para Tatooine. Seguindo os passos de seus pais adotivos, abraça carreira política. Conhece o irmão durante uma das mais graves crises do império.
Momento inesquecível – Quando consegue matar Jabba em O Retorno de Jedi (1983).
Mito – Penélope, esposa de Ulisses na Odisséia.
YODA
Características – É a voz da sabedoria. O pequeno Yoda é o mestre supremo das artes que caracterizam um jedi: controle total do corpo e da mente.
Percurso – Mestre reverenciado, Yoda foi um respeitado membro da República. Conheceu tanto Anakin quanto Luke – e marcou os dois para sempre, adestrando-os no corpo e na mente.
Momento inesquecível – A seqüência, em O Ataque dos Clones, quando, pela primeira vez, Yoda mostra toda sua habilidade, sabedoria e perícia numa luta de sabre de luz.
Mito – Buda e outras figuras de sabedoria ancestral.
C-3PO
Características – A fleuma de mordomo britânico, o jeito resmungão e a dedicação aos proprietários transformaram C-3PO num dos personagens mais cômicos do cinema.
Percurso – C-3PO é construído por Anakin, que deseja presentear a mãe com um ajudante doméstico. Produz um verdadeiro prodígio: um robô com muitas características humanas, como medo, ciúme e fidelidade. Sempre acompanhado do parceiro R2-D2, C-3PO vive a maioria das aventuras da saga.
Momento inesquecível – O momento em que o robô se perde no deserto e volta correndo para R2-D2 em Uma Nova Esperança (1977).
Mito – Bufão da Idade Média.
PALPATINE
Características – As forças negativas encontram no imperador Palpatine o seu grande representante. Mestre de Darth Vader, o imperador encaminhou-o para o lado escuro da Força.
Percurso – Palpatine parece um político americano: senador, faz de tudo para dominar o poder e exercê-lo com mão de ferro. Ninguém sabe ao certo se ele foi o primeiro a disseminar o lado escuro da Força: o certo é que o ambicioso senador atravessa a saga promovendo a discórdia e a morte.
Momento inesquecível – Quando tenta seduzir Luke para o lado da Força, em O Retorno de Jedi (1983).
Mito – Nosferatu, o vampiro.
R2-D2
Características – “Falando” uma língua incompreensível, o robô mais enigmático do cinema não recusa o chamado à aventura e é incrivelmente fiel a C-3PO. Sua maneira de emitir sons indecifráveis inspirou o Kenny, de South Park.
Percurso – Originário do planeta Naboo, R2-D2 é levado pela rainha Amidala no momento em que o planeta é invadido. Desembarcando em Tatooine quando a nave precisava de reparos, o robô conhece C-3PO. A partir daí, o destino dos dois estaria selado: acompanhar a família Skywalker em suas aventuras.
Momento inesquecível – Em O Império Contra-Ataca (1980), quando viaja com Luke Skywalker para ser treinado por Yoda no planeta Dagobah.
Mito – Sancho Pança e todos os fiéis escudeiros das narrativas de heróis.
Para saber mais
Na livraria
Star Wars Encyclopedia Stephen J. Sansweet, Del Rey, 1998
Dicionário de Mitos Literários Pierre Brunel (org.), UNB/José Olympio, 1997
O Poder do Mito Joseph Campbell, Palas Athena, 1990
Ilíada e Odisséia Homero, Ediouro, 2002
Os Mitos Celtas Pedro Pablo G. May, Angra, 2002
Na internet