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Heróis de setembro

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h52 - Publicado em 31 ago 2005, 22h00

Celso Miranda*

Virou moda nos EUA após 11 de setembro de 2001. Dos artistas de cinema aos repórteres de TV, todo mundo usava camisetas e bonés com a sigla FDNY. Para os desavisados, não se trata do time de beisebol campeão naquele ano, mas do Fire Department of New York, o Corpo de Bombeiros de Nova York.

O fenômeno tinha explicação. Depois dos atentados contra o país, os americanos precisavam de heróis. E os bombeiros foram automaticamente alçados ao posto. Afinal, 1 000 deles estavam de serviço e cerca 140 morreram naquele dia.

4 anos depois, porém, os repórteres do jornal The New York Times, Jim Dwyer e Kevin Flynn, começaram a recontar a história. No livro 102 Minutos, os 2 entrevistam milhares de pessoas que estavam nos prédios para recriar o inferno vivido do momento em que o primeiro avião se chocou com o WTC até a queda da segunda torre. Revelam, por exemplo, que os bombeiros fizeram mais papel de vítimas do que de heróis. Além da impossibilidade de enfrentar o fogo, havia problemas na ação. Um rixa com a polícia fez com que os departamentos operassem em freqüências diferentes de rádio. Ninguém conseguia se comunicar.

O livro sugere que, se houve algum herói, foram pessoas comuns. Gente como o operário Frank de Martini. Munidos de pés-de-cabra, ele e mais 3 amigos entraram e saíram dos andares em chamas resgatando pelo menos 70 pessoas. E foram vistos pela última vez quando voltavam para dentro do World Trade Center para tentar tirar mais gente.

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102 minutos – Jim Dwyer e Kevin Flynn – Jorge Zahar – 332 páginas, R$ 35

Trechos

“Logo que vi a dimensão do ataque, soube que aquela seria uma operação de resgate e não uma ocorrência de controle de incêndio. Poderíamos apagar o fogo de 1 andar, talvez 2, mas jamais conseguiríamos lidar com aquilo que nos confrontávamos.”

Joseph Pfeifer, chefe do primeiro batalhão de bombeiros que chegou ao WTC, às 8h50.

“Num arranha-céu em chamas, sem elevadores, enviar companhias para andares superiores é uma operação para se medir em horas e não em minutos. Cada bombeiro carregava consigo cerca de 25 quilos, entre equipamentos e ferramentas e ainda teria de andar no contrafluxo de uma multidão que descia escadas apertadas para escapar da morte .”

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Donald Burns, um dos comandantes dos batalhões de bombeiros em operação naquele dia.

“Em edifícios daquele porte, devido à massa de concreto e aço, nossos radiocomunicadores não funcionavam direito. Os chefes dos batalhões não conseguiam falar com os agentes nos andares superiores do prédio. Isso foi fatal na hora de ordenar a evacuação.”

Donald Burns

“Meu deus, o chão está cedendo. Vamos todos cair.”

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Mensagem deixada por mulher em gravação do serviço de emergência, às 9h56, hora em que a Torre Sul desabava.

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