História feita de sangue
Os mais recentes filmes de Holywood são todos de guerra, retratando algum fato histórico dos Estados Unidos.
Rodrigo Cavalcante
Na década de 80, Hollywood seguia uma receita simples para os seus filmes de ação. Era só chamar o Stallone ou o Schwarzenegger (quem não podia ficava com o Chuck Norris), armá-los e, se sobrasse orçamento, inventar um roteiro qualquer para justificar as cenas de sangue e pancadaria. Recentemente, os impulsos violentos de Hollywood ganharam um argumento mais sofisticado: história. O articulista Tom Carson, da revista americana Esquire, foi certeiro ao dizer que o melhor álibi que os estúdios encontraram para justificar sangue nas telas é produzir um filme baseado em fatos históricos. Você já parou para pensar o que há em comum em Coração Valente, O Resgate do Soldado Ryan, Gladiador e O Patriota .
Agora é a vez de Pearl Harbor, a superprodução que reconstitui o ataque surpresa do Japão à base americana no Havaí em 7 de dezembro de 1941. Dirigido por Michael Bay, de Armageddon, o filme conta o episódio a partir de um triângulo amoroso formado por dois pilotos amigos (Ben Affleck e Josh Hartnett) que se apaixonam pela mesma mulher (a bela britânica Kate Beckinsale). É como se você unisse o romance de Titanic, a reconstituição histórica de O Resgate do Soldado Ryan e as cenas no ar de Top Gun. Alguma dúvida de que o filme vai ser um sucesso?