Livros SuperImportantes

Greenpeace em campanha

A política nuclear do Brasil, Luiz Pinguelli Rosa, Fernando de Souza Barros, Suzana Ribeiro Barreiros, Greenpeace, 1991.

E o primeiro livro patrocinado pela Greenpeace – organização internacional que desde 1971 se dedica à proteção e defesa do meio ambiente – no Brasil, onde se instalou há pouco mais de um ano. A produção de armas nucleares e a obtenção de energia por meio de usinas nucleares sempre esteve na mira da entidade, que faz campanha de alerta para os riscos envolvidos no processo. Por isso, encomendou a três renomados cientistas – Pinguelli Rosa, Souza Barros e Suzana Barreiros, todos da Universidade Federal do Rio de Janeiro – um trabalho atualizado, histórico e crítico da energia nuclear de eletricidade e o da tecnologia nuclear militar.

Tempos de domínio público

História da vida privada da Primeira Guerra a nossos dias, volume 5, Georges Duby e Phillippe Ariès, Companhia das Letras, São Paulo, 1992

Último volume da bem-sucedida coleção que começou a ser publicado no Brasil em 1990, este avança pelo tumultuado século XX e, segundo seus organizadores Antoine Prost e Gérad Vicent, não tem a pretensão de ser um quadro acabado desse período. Na primeira parte, os artigos tratam da família que parece cair no domínio público, cercada pela Previdência Social, por facilidades na aquisição da casa própria, pelo crédito no consumo, pelo aborto legalizado. Ao mesmo tempo decreta-se o fim da cama comum, do quarto comum, das audições coletivas do rádio no entre guerras, substituídas pela audição individual do rádio de pilha. Já a segunda parte, bem mais extensa, privilegia a história do segredo, da indiscrição, no sentido de se passar adiante informações ocultas nas esferas dos indivíduos, das relações de amizade ou de família. Nessa tarefa, os autores passam pela promiscuidade nos campos de batalha e por intimas questões da sexualidade.

Formando Cidadãos

Educação ambiental, princípios e práticas, Genebaldo Freire Dias, Editora Gaia, São Paulo, 1992.

Dedicado a professores de qualquer grau de ensino e a todos os que se preocupam com a degradação ambiental, este é o resultado de um trabalho de quase cinco anos. O autor, especialista em Ecologia e presidente da Associação Ambientalista de Brasília, destaca a importância da educação ambiental na formação de cidadãos conscientes de que devem lutar para melhorar a qualidade de vida no planeta.

No capitulo IV, Freire Dias sugere pelo menos 100 atividades para se exercitar na prática essa consciência: uma delas é conhecer as cozinhas dos zoológicos para saber de que os animais se alimentam.

A morte de Adão

Os sinais do tempo, história da Terra e história das nações de Hooke a Vico, Paolo Rossi, Companhia das Letras, São Paulo, 1992.

Durante os séculos XVII e XVIII, um novo modo de representar a história da Terra e do homem veio desafiar os rígidos limites da Igreja. O historiador italiano Paolo Rossi reconstrói o debate que se travou em torno dessa “descoberta do tempo”, mostrando os obstáculos que a tradição religiosa impunha aos filósofos e cientistas da época, que a golpes de lógica, destruíam, por exemplo, mitos bíblicos como o de Adão e Eva, mostravam que a Terra tinha se formado lentamente e que as civilizações egípcia ou chinesa tinham precedido o povo hebreu.

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