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O inverno chegou: um guia para sobreviver aos White Walkers

Com a guerra contra os mortos e os congelados cada vez mais próxima em Game of Thrones, a gente listou o que cada casa pode fazer para vencer os zumbis (Cuidado: Spoilers!)

Por Helô D'Angelo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 19h00 - Publicado em 27 jun 2016, 15h45

Nas seis temporadas de Game of Thrones, a gente cansou de ouvir que “o inverno está chegando”. Agora, ele finalmente está aí, trazendo não só um frio desgraçado e noites mais longas, como também um exército gigante de mortos, comandado pelos poderosos White Walkers. O problema é grande, mas parece que ninguém está muito afim de resolvê-lo: no sul, os principais personagens estão de olho no Trono de Ferro; no norte, a Muralha tem grandes chances de não servir para mais nada.

É, os Sete Reinos nunca estiveram tão vulneráveis – mas nem tudo está perdido. Se a galera de Westeros unir forças e parar de lutar entre si (rs, até parece), cada casa tem algumas armas secretas ou instrumentos de defesa que, juntos, podem ser decisivos na guerra contra os mortos.

Casa Lannister

Cersei acabou de sentar no Trono de Ferro. É ela que vai ter que lutar contra Daenerys, seus dragões e seu exército enorme que vêm pelo Mar Estreito. Apesar de enfraquecida, a casa Lannister tem uma líder forte, que não vai pensar duas vezes antes de fazer o que for necessário para vencer a guerra – ainda mais agora que ela não tem os filhos para se preocupar. Além disso, os Lannister têm no seu time um dos melhores estrategistas dos Sete Reinos, Jaime, e contam com a ajudinha básica do ressuscitado Gregor Clegane (Montanha) e o meistre Qyburn, que o trouxe de volta à vida (o que abre a possibilidade de novos soldados com força sobre-humana).

Tem mais: se sobrou algum fogovivo depois da explosão do templo – parte do plano de Cersei para esmagar o High Sparrow e seus seguidores -, a substância poderia ser uma arma valiosa que, com certeza, aniquilaria os soldados mortos.

Os comandantes deste exército, os White Walkers, também não são muito fãs de fogo. Não se sabe exatamente o quanto eles são vulneráveis às chamas, porque o frio que os cerca torna difícil acendê-las. Mas, de acordo com Tormund e outros Selvagens, o fogo ainda é a melhor forma de se proteger contra eles Além da Muralha – para quem vive por lá, uma noite sem fogueira significa um número grande de mortes. É bem possível que o fogo normal seja um incômodo e não uma ameaça para os White Walkers, mas todo mundo que assistiu o último episódio sabe é que fogovivo não tem nada de normal.

Além da arma química verde, os Lannister também têm sob seu controle várias fortalezas e castelos em Westeros, como Riverrun, que pode sobreviver a um cerco por, no mínimo, dois anos.
 

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Casa Stark e o Reino do Norte

Convenhamos: as casas do norte são as únicas realmente preocupadas com os White Walkers. E agora que o jogo virou para os Stark, os humanos ganharam alguma defesa contra a horda de mortos-vivos: Winterfell, uma das fortalezas mais seguras de Westeros. No último episódio, Benjen Stark (o irmão de Ned, que está meio vivo, meio morto) revelou que a Muralha não é só gigantesca; ela também é mágica. E como tanto a Muralha quanto Winterfell foram erguidas há milhares de anos pelo mesmo cara (Bran Stark, o Construtor), muita gente acha que a fortaleza é protegida por magia – o que faria dela uma espécie de QG dos vivos durante a guerra contra os mortos.

Mas essa não é a única arma do povo do norte. Jon Snow ganhou o título de Rei do Norte, e tem a lealdade de todas as casas da região, do Povo Livre e de Melisandre, a sacerdotisa do Senhor da Luz – uma mulher que tem o poder de ressuscitar pessoas e de parir demônios assassinos. Além disso, os caçulas Stark estão chegando a Winterfell – e ambos estão prontos para bater de frente com o que vier: Arya ganhou um treinamento de assassina e lutadora, e Bran se tornou o Corvo de Três Olhos (consegue ver o passado e o futuro, e controlar animais e pessoas). Para finalizar, eles têm pelo menos um lobo gigante, Fantasma (ninguém sabe se Nyméria, a loba de Arya, ainda está viva), e o apoio de um quase White Walker, Benjen.  
 

Patrulha da Noite

Nós simpatizamos com Sam desde que ele entrou na Patrulha da Noite. Mas passamos a admirá-lo mesmo quando a sua inteligência ajudou na sobrevivência dos companheiros. Entre as suas descobertas mais importantes, está o vidro de dragão: material que usou para matar um White Walker. Vidro de dragão é o nome popular para obsidiana, um metal que existe na vida real, mas que nos Sete Reinos ganhou propriedades mágicas contra os Outros e seu exército de mortos vivos. Nessa temporada, também descobrimos que a obsidiana foi usada para criar os próprios White Walkers.

O folclore de Westeros diz que este vidro é formado a partir do fogo de dragões, enquanto os mestres de Old Town dizem que se trata de uma pedra formada em vulcões. Um dos maiores depósitos do metal fica em Dragonstone, a antiga casa dos Targaryen (depois dada a Stannis Baratheon) e também pode ser exportada de Asshai, no leste.

Além disso, as Crianças da Floresta, no norte, tem acesso ao vidro de dragão: séculos antes do momento atual de Game of Thrones, elas ofereciam todos os anos centenas de armas feitas de obsidiana para a Patrulha da Noite.

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Juntando todas as armas de obsidiana do reino e o conhecimento teórico e prático do futuro Meistre Samwell Tarly, temos o primeiro passo para montar uma ofensiva real contra os White Walkers: uma das únicas armas que explora a vulnerabilidade deles.

Esse inverno promete ser o mais longo da história – e da última vez que a estação durou tanto assim, os White Walkers invadiram as terras dos Primeiros Homens. Conhecida como A Longa Noite, essa guerra quase levou os humanos à extinção, de tanto frio e fome.

Foi só com a união dos homens do norte e das Crianças da Floresta e sua mágica que foi possível derrotar os White Walkers na última invasão – e, se alguma delas sobreviveu ao ataque do episódio em que Hodor segura a porta, é melhor torcermos por uma nova parceria entre a Patrulha da Noite e as Crianças da Floresta.
 

Old Town e a Cidadela

Outra arma capaz de matar os White Walkers é o aço valiriano. As espadas feitas com esse material ficam afiadas para sempre e foram forjadas, segundo a lenda, com feitiços e fogo de dragão. Foi com a Longclaw, espada dada a Jon Snow pelo Lorde Comandante Mormot, que ele conseguiu derrotar seu primeiro monstro de gelo.

A técnica para produzir novas espadas foi perdida em Valíria – de onde vieram os Targaryen antes de tomar Westeros – então há poucas espadas assim por aí. No total, só 10 armas feitas com esse material são conhecidas nos Sete Reinos e só 5 estão com personagens de grande importância na série.

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Jon Snow tem sua Longclaw e vimos Sam levar a gigantesca Heartsbane da casa do pai. A antiga espada de Ned Stark, Ice, foi transformada em duas: Oathkeeper, que foi passada por Jaime Lannister para Brienne e Widow’s Wail, que pertencia a Joffrey, passou para Tommen e agora está com destino incerto. A última arma de aço valiriano entre os personagens principais é uma adaga, que pertence hoje a Petyr Baelish e foi usada, na primeira temporada, em uma tentativa de assassinar Bran Stark.

Mesmo juntando as 10 lâminas, não é suficiente para derrotar todo um exército de White Walkers. A melhor aposta para encontrar alguém que saiba ou possa aprender os métodos para forjar o material é Oldtown, a cidade dos meistres, dos acadêmicos e de bibliotecas enormes.

Se as lendas estiverem certas, faltaria um material que Westeros não vê há muito tempo para produzir as superespadas. Com a chegada de Daeneys em Westeros, temos o retorno dos Targaryen no reino – e também do fogo de dragão.

Aliás, enquanto a obsidiana é chamada de vidro de dragão, o aço valiriano é chamado de… Aço de dragão. Os dois matam White Walkers. Já percebeu a semelhança?

Lorde Petyr “Mindinho” Baelish

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Mindinho não pensa em outra coisa: ele quer ser o rei de Westeros, e não vai descansar até conseguir. Com esse objetivo em mente, ele se casou com Lisa Arryn, Lady do Vale, assassinou a esposa e ganhou o controle dos 45 mil soldados do Ninho da Águia – uma fortaleza encarapitada no topo de uma montanha, totalmente impenetrável e estratégica. Qualquer exército – incluindo os mortos – que tente atacar o Ninho da Águia fica preso no Vale e não consegue escalar a montanha de milhares de metros de altura. Ao mesmo tempo, os soldados do Vale têm uma posição vantajosa: eles conseguem atirar flechas e despejar óleo quente sobre seus inimigos sem nenhum perigo de um contra-ataque. Resta saber se Mindinho toparia deixar sua aspiração ao trono de lado para ajudar na luta contra os mortos.

Casas Martell e Tyrell

Com certeza, essas são as duas casas mais ferradas dos Sete Reinos: Ellaria Martell está tentando reerguer a casa depois de ter tomado o comando e assassinado Doran Martell. Dos Tyrell, só sobrou a velha Olena. Apesar da fraqueza, essas mulheres fortes se uniram, cada uma delas com sua habilidade: Ellaria e as irmãs são exímias lutadoras e comandam a cidade de Dorne inteira, e Olena conta com a sua inteligência – e com toda a grana e os recursos que a casa Tyrell tem a oferecer (considerando que eles emprestavam dinheiro para os Lannister, não era pouca coisa). Se tem uma coisa que aprendemos com as guerras da vida real é que elas são muito caras – e por vezes são vencidas por quem administra seus recursos melhor.

Casa Greyjoy

Por enquanto, os Greyjoy estão divididos. Euron Greyjoy foi escolhido como novo rei, depois de assassinar o irmão. Os irmãos Yara e Theon fugiram com a frota de navios da família e se aliaram a Daenerys.

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Mas essa divisão é boa para a guerra entre vivos e mortos: depois de ter perdido seus barcos, Euron começou a construir mais navios ainda para ir atrás da sobrinha e matá-la – o que significa o dobro de navios e de tripulações poderosas e experientes caso a última alternativa do povo de Westeros seja fugir dos White Walkers e seus mortos pelo mar (mas vamos esperar que isso não aconteça, não é mesmo?).

Nos livros, Euron Greyjoy diz possuir a Dragonbinder – uma corneta mágica capaz de controlar dragões, que era usada justamente pelos Targaryen para dominar os bichos sem dificuldades. E, se você está acompanhando as dicas nada sutis das armas contra os White Walkers, elas têm uma coisa em comum: fogo e dragões.

Casa Targaryen

Vamos lá: um exército de quase 70 mil soldados, uma aliança com os Greyjoy, uma líder implacável e um conselheiro superinteligente e que sabe tudo o que há para saber sobre dragões. Só isso já seria uma baita ajuda para o time dos vivos, mas Daenerys Targaryen tem, ainda, três cuspidores de fogo na manga – os dragões que ela finalmente aprendeu a controlar. Lembre-se que a arma mais eficaz contra os mortos é fogo, coisa que os dragões têm de sobra.

Contra os White Walkers pode não ser tão fácil – mas tudo indica que esse é o grande conflito final. O criador da série, George R. R. Martin, não deixa ponto sem nó e ele, deliberadamente, chamou seus livros de As Crônicas de Gelo e Fogo. Se os White Walkers são os mestres místicos do gelo, os dragões são criaturas místicas do fogo.

Sabemos pouco sobre as armas que matam os White Walkers (e não só os soldados mortos), mas o que sabemos, com certeza, é que os dois tipos de metal tem “dragão” no nome e, segundo a lenda, na forma de fabricação.

Com o tamanho dos poderes dos White Walkers, não é uma briga fácil: é possível que os dragões sejam tão letais para eles quando eles para os dragões. Mas com certeza será um choque de monstro que vale a pena esperar um ano para assistir.

No fim das contas, o destino dos humanos dos Sete Reinos não está perdido. O maior obstáculo que eles enfrentam é ignorar o tamanho da ameaça que está por vir. Se a grande aposta para a luta dos mortos contra os vivos são os dragões, então Daenerys é a primeira que precisa ser convencida de que há uma luta que exige a união do todos – uma coisa bem difícil de se fazer, considerando que ela está tão perto de atingir seus objetivos e conquistrar o Trono de Ferro.

Por outro lado, temos outro Targaryen em potencial despontando no Norte. Para a alegria dos fãs, as origens de Jon Snow como filho de Lyanna Stark foram confirmadas – se seu pai for Rhaegar Targaryen, isso faz de Snow sobrinho de Daenerys e um mestre de dragões em potencial, que sabe exatamente do que os White Walkers são capazes. Se organizar direitinho, todo mundo luta.

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