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O lado escuro, loucura

Loucura não existe. Esse era o nome genérico dado às doenças do cérebro que hoje a ciência começa a desvendar.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h50 - Publicado em 1 Maio 1998, 22h00

Lívia Lisbôa e Xavier Bartaburu

Perfeito, o cérebro é um órgão fascinante. Mas, quando surgem distúrbios, ele perturba e aterroriza. Doenças diagnosticadas hoje em dia eram rotuladas, até dois séculos atrás, como possessão demoníaca. A “terapia”, em muitos casos, eram os exorcismos e até mesmo a fogueira. Os preconceitos só diminuíram depois que a ciência começou a desatar o nó que une a Psicologia à Neurologia.

A Medicina já catalogou cerca de 1 000 distúrbios mentais, de simples fobias à esquizofrenia. Os mais graves ficaram conhecidos vulgarmente como loucura, no sentido da perda da razão. “A loucura não existe”, rebate o psiquiatra Helio Elkis, da Universidade de São Paulo. “O que existem são transtornos mentais específicos, de origem orgânica.” Agora, procura-se compreender esses transtornos, descobrir suas causas e a forma de combatê-los. Neurologistas, psiquiatras e pesquisadores da indústria farmacêutica têm empreendido uma dura batalha para jogar luz sobre as sombras. Aos poucos, a ciência está conseguindo avançar.

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Quem sabe é super

A Psiquiatria só começou a utilizar drogas para o tratamento dos doentes mentais na década de 50. Até então, a única terapia eram os choques elétricos.

Surtos de criatividade

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O compositor alemão Robert Shumann (1810-1856), que sofria de psicose maníaco-depressiva, é um bom exemplo de como um distúrbio mental pode influenciar a criação artística. Suas fases de maior produção musical ocorreram justamente nos anos em que foi vítima de surtos maníacos, caracterizados por intensa agitação mental.

A cabeça fora dos trilhos

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Conheça alguns dos distúrbios psiquiátricos mais freqüentes.

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Gênio ou louco?

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Por pura ignorância, muita gente associa as manifestações de genialidade em artistas e cientistas com uma imaginada “loucura”. Não existe essa suposta semelhança entre o gênio e o louco. Os grandes criadores apresentam, na sua maioria, cérebros normais, embora haja, de fato, casos de artistas com distúrbios da cabeça. Famoso por ter cortado a própria orelha, o pintor holandês Vincent Van Gogh (1853-1890) teve uma biografia marcada por diversas internações num sanatório. Já o poeta Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) é a antítese desse estereótipo. Homem de hábitos pacatos, dedicava-se à poesia em horários rotineiros. Todos os que o conheceram mencionam seu equilíbrio e lucidez.

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