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Os 10 melhores games de 2016

Jogos que atrasaram décadas, biografias, surpresas e retornos de personagens amados - 2016 foi ótimo para os games

Por Felipe Germano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 28 dez 2016, 20h57 - Publicado em 28 dez 2016, 20h12

The Last Guardian

Foram 10 anos de espera. Uma década de promessas, atrasos e desculpas para que esse jogo finalmente pudesse rodar. É um jogo perfeito? Com certeza não. Poderia ter saído antes? Sim. Mas valeu a espera? Sem a menor dúvida.

Se você não conhece, Last Guardian é o mais novo jogo da Team Ico produtora que encantou o mundo com Shadow of Colosus, lá em 2005, e Ico, de 2001. A trama gira em torno da relação de um menino com um cachorro-pássaro gigante chamado Trico.

Cheio de quebra-cabeças com cenas delicadas e emocionais, Last Guardian perde por conta de câmeras com ângulos estranhos e pequenos ruidos na jogabilidade que fazem você travar. Mesmo assim um dos jogos mais bonitos de 2016, tanto no roteiro, quanto na estética.

That Dragon, Cancer

Um jogo que vai te fazer chorar. Dragon é uma espécie de biografia de Joel, filho de Ryan e Amy Green, criadores do game. O menino tem que enfrentar um dragão da vida real: o câncer infantil.

Misturando uma estética geométrica, cenas lúdicas, e situações reais demais para quem não está preparado para se emocionar;  Dragon é tocante.

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O fato de ser um videogame, não um filme ou um livro, te enfia naquela situação como alguém que está vivendo; não assistindo, a história de uma criança doente. Mas não espere que isso te coloca no comando das coisas, em Dragon você mais observa do que age e com o pouco controle que tem, tenta se agarrar ao pequeno Joel – enquanto teme que ele se vá.

Overwatch

Não é mais questão de opinião: e-sports já se comportam como esportes tradicionais. São milhares de campeonatos ao redor do mundo, com premiações milhonárias – o que acaba até ocasionando dopping e lesões para gamers profissionais. Pois bem, Overwatch foi o presente que 2016 trouxe para os e-sports. E isso já basta para colocá-lo na lista.

O novo jogo da Blizard movimentou um publico gamer gigantesco, tanto o profissional quanto o amador. O impacto foi tanto que, em pouco tempo, até filme pornô com os personagens circular na rede. Não é pra menos, o jogo é bem acabado, consegue entreter quem gosta de um bom jogo de tiro e sabe utilizar bem elementos de RPG. Para completar a lista, os personagens são cativantes, sempre acompanhados de bem-feitas animações. Tinha tudo pra dar certo, então deu.

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Final Fantasy XV

Mais um jogo que demorou 10 anos pra sair. Só para dar uma ideia, quando FFXV foi anunciado, ele era uma versão de Final Fantasy XIII. Mas a espera não foi em vão.

O jogo é maduro, com uma história bem amarrada e muitas homenagens à série de games – sem deixar de inovar (colocando carros de luxo em meio a monstros, por exemplo).

Com uma jogabilidade fluída e gráfico estonteantes, FF 15 é um jogo que prende.

Oxenfree

Em julho o mundo parou para admirar como aquele clima oitentista e paranormal de Stranger Things era incrível; o que muita gente não sabia é que essa dica já havia sido dada em janeiro – por um game.

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Oxefree gira em torno de um grupo de adolescentes que começam a perceber alguns fenômenos não tão normais, e tentam entender o que está acontecendo com o auxílio de um rádio que começa a emitir mais do que música.

O game conta com um sistema de diálogos em que, diferentes repostas são possíveis – e consequentemente diferentes consequências aparecem. E isso é bem realizado, não é o tipo de game em que é fácil ser bom ou mal. Você pode acabar machucando muito alguém (principalmente no quesito emocional) mesmo sem intenção disso.

Pra colocar a cereja do bolo, o jogo é lindo. Com um visual simples, mas com detalhes especialmente bem feitos, é difícil não viciar.

Uncharted 4: A Thief’s End

O primeiro Uncharted foi lançado em 2007 e desde então a série se tornou uma das queridinhas da Sony. O quarto game da série não só continua com o patamar de qualidade que o transformou em um dos jogos mais importantes da última década, como eleva todos os padrões.

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A Thief’s End é melhor. Em todos os sentidos que você possa imaginar. É graficamente melhor resolvido, a inteligência artificial é melhor do que nos últimos três games, e até as atuações das cenas animadas são as melhores da série. Só isso já valeria a compra, mas se você ainda precisa de mais para te convencer, jogue para conhecer melhor os personagens que você já gosta – e conhecer mais alguns no caminho. A história é redondinha, com uma jogabilidade que devia servir de exemplo para qualquer um que queria começar a criar jogos. Estávamos com saudade, Nathan Drake.

Titanfall 2

O primeiro game já era incrível, com um jogo de tiro em primeira pessoa que, de fato, conseguia inovar. Mas a continuação conseguiu algo ainda mais difícil quando se pensa em dar sequência a algo já bom: ele melhorou.

Titanfall 2 corrigiu a pior coisa de seu antecessor, o modo história. Com um enredo que dá vontade de jogar, a trama explora melhor o universo criado para o jogo, e, de quebra, humaniza positivamente os robozões que dão nome ao game. Ele não tenta ser humano, mas ele reage à situações de forma sutil sem que seja apático. Dá pra se apegar à máquina. Michael Bay poderia dar uma assistida antes de lançar o novo Transformers. Dá tempo de mudar pra melhor, Michael, aprende.

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Inside

Inside é quase um capricho para quem gosta de videogames. É um presente pra quem se apaixonou por Limbo, lá em 2010. Mas está longe de ser só um consolo. O novo game de Playdead consegue, sem depender de nenhum padrinho, arranjar novos fãs.

A começar pelo visual. É o jogo graficamente mais bonito de 2016. Cada frame parece um quadro. Um melancólico, mas lindo quadro. E com detalhes hipnotizantes. Um rio que balança conforme as gotas de chuva o tocam, a neblina perturbadora de uma floresta, ou o mar que, em um segundo, se mostra muito maior do que você imaginava. É de chorar.

Claro que ele não é só belo, ele é um entretenimento acima da média. Assim como em Limbo, seu personagem sem nome reage a apenas dois botões: o de pular, e o de interagir com objetos. E isso mais que basta. Somando essas ferramentas com as inevitáveis dezenas de mortes que você terá ao decorrer da história, a trama consegue te levar para onde quiser. O roteiro é uma obra prima. Daqueles que não joga certezas na cara, mas te faz questionar todas as possibilidades até atingir seu objetivo.

Inside é um primor.

Pokémon Go

O maior jogo de 2016 durou só um mês. Mas foi tempo mais que o suficiente. A prova disso estava nas ruas. Em Nova York teve gente que largou o carro no meio da rua para pegar Vaporeon no Central Park, em São Paulo, a Av. Paulista parou, e no Rio, atleta olímpico reclamou da falta de pokéstops. Nenhum outro jogo de dentro, ou de fora, dessa lista conseguiu coisa próxima em 2016.

E depois? Ué, depois flopou. O game se mostrou cansativo e desestimulante. Em um mês ninguém mais aguentava pegar zubat e todo mundo foi desistindo. Ninguém mais joga. Mas isso é o de menos. Foi um amor de verão em pleno inverno brasileiro. Vai ficar na memória – mas não do celular, por que afinal de contas, o game pegava uma RAM absurda.

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