Maurício Horta
Depois das gerações X e Y, chegamos à geração G, de “generosidade”, segundo a consultoria Trend-watching. São aquelas pessoas que escolhem marcas socialmente responsáveis, abraçam alguma ONG ou só usam detergente biodegradável. Mas a novidade agora é transformar o correto em divertido. O empresário australiano Simon Griffiths vai abrir em Melbourne um bar que só vende bebidas feitas em países em desenvolvimento e mandar cerca de R$ 3,50 por copo vendido para projetos sociais no país de origem. Assim, ao brindar com uma taça de vinho sul-africano, o bebedor vai ajudar a proteger crianças contra tortura e estupro na província de KwaZulu-Natal, por exemplo. Ou, então, se você preferir uma cerveja do Vietnã, jovens de lá serão treinados para ser guias turísticos.
E DARIA CERTO NO BRASIL?
Parece que sim. Quanto mais pobre o país, mais disposta a ajudar é sua população. Veja o número de pessoas que dizem que comprariam produtos socialmente corretos em cada país:
Índia – 79%
Brasil – 76%
China – 76%
Alemanha – 42%
Japão – 40%
Holanda – 35%
Cerveja namibiana, jura?
WINDHOEK (Namíbia)
Só leva água, malte de cevada e lúpulo graças a uma das poucas heranças deixadas pela colonização alemã (1884-1915): a lei bávara de pureza da cerveja, em vigor desde 1516.
HUDA (Vietnã)
A fábrica foi montada sob consultoria de dinamarqueses. Mas não vá esperando uma caneca gelada de Carlsberg: vietnamitas tradicionalmente servem cerveja com gelo.
ST. GEORGE (Etiópia)
É a cerveja mais antiga do país. Quem já bebeu avalia – ela não é muito melhor do que xixi batizado com água, mas, de qualquer forma, vale tentar pela boa ação.