Sérgio Teixeira Jr.
De avental branco, o alemão Schneider TM e seus dois assistentes transformaram a choperia do Sesc Pompéia num laboratório de experimentos pop. A pequena platéia assistiu a tudo compenetrada, às vezes balançando a cabeça, às vezes ensaiando uma dança tímida. Embora em seus discos as canções tenham estrutura definida, com refrões e letra, na apresentação ao vivo há espaço para o caos. “Reality Check”, um pop melancólico em que a guitarra se mistura a clicks eletrônicos, foi o que mais próximo esteve do disco “Zoomer”. Mas o público foi mesmo para ver a versão glitch de “There’s a Light That Never Goes Out”. Com a voz processada por um vocoder, Schneider TM atualizou a tristeza do clássico dos Smiths para a geração em que música e computador falam a mesma língua.