Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Slow: Elogio à lerdeza

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h48 - Publicado em 31 jul 2005, 22h00

Rodrigo Rezende

Bolsa de valores do Japão, 1990. Kamei Shuji resolve fazer hora extra e não volta para casa. O corretor que trabalhava 12 horas por dia, sem folgas, sofre um ataque cardíaco fulminante e é vítima de karoshi, ou “morte por excesso de trabalho”, causa mortis de cerca de 10 mil japoneses por ano. Semáforo da cidade de Ulm, Alemanha, 2002. Militantes do movimento Slow (“Devagar”, em inglês) convidam pedestres apressados a experimentar a sensação de atravessar a rua com um cágado na coleira. Se Shuji tivesse dado umas voltas em Ulm, talvez seu destino fosse outro. Shuji e o cágado estão em Devagar, do escocês Carl Honoré, ex-rushaholic (viciado em velocidade) que se converteu ao Slow no dia em que se pegou comprando um livro de histórias infantis de 1 minuto. O movimento que prega a desaceleração no cotidiano por meio de atitudes como refeições longas, horas de sexo e redução da jornada de trabalho tem ganho milhares de adeptos – o livro de Honoré é sucesso pelo mundo. Confira uma entrevista com o autor.

Por que as pessoas vivem apressadas?

Porque elas têm a ilusão de que a correria vai deixá-las mais produtivas e saudáveis. Não percebem que não estão vivendo a vida, mas sim atropelando-a.

Continua após a publicidade

Qual a principal dificuldade em pregar o Slow num mundo em velocidade frenética?

Enfrentar o tabu cultural associado à lentidão. Mas ao perceber como é bom desacelerar, que nos permite trabalhar, comer e fazer amor melhor, você coloca o tabu de lado e tem dó dos que vivem correndo.

O Slow não é uma espécie de retorno ao Ludismo, movimento antimáquinas do século 17?

Continua após a publicidade

Definitivamente não. Não acho que seja possível se livrar da tecnologia do mundo de hoje e voltar no tempo. O que devemos fazer é criar com as máquinas uma relação que não seja de escravidão.

É possível ser Slow no Brasil, onde temos urgência em resolver problemas sociais?

Sim. Slow não tem a ver com deixar compromissos sérios de lado e sim com valorizar mais a qualidade do trabalho que a quantidade. E isso traz benefícios a todos os países, inclusive ao Brasil.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.