Fred Di Giacomo Rocha, Karin Hueck
1. Stieg Larsson por David Fincher
Mikael Blomkvist é um jornalista de meia-idade contratado por um empresário milionário, Vanger, para investigar um crime que aconteceu na família há 40 anos. Sua assistente é Lisbeth, uma hacker/delinquente juvenil/garota durona, que o ajuda nas investigações. O que eles descobrem, no entanto, se revela muito pior do que Vanger imaginava. O enredo é sueco, fiel ao primeiro livro da trilogia Millenium, escrita por Stieg Larsson e que já vendeu 65 milhões de cópias em todo o mundo. Mas o filme é americano, e com direito a James Bond (Daniel Craig) no papel principal e personagens falando inglês com sotaque sueco. Ainda assim, é thriller dos bons.
OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES, 27 de janeiro nos cinemas.
2. Agora, em sueco
Para alguns críticos, a versão de David Fincher (de Seven e Clube da Luta) perdeu o charme nórdico da trilogia original. Se você concorda com eles, veja a primeira filmagem, uma versão sueca mais crua e violenta que a hollywoodiana.
OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES (2009), disponível em DVD.
3. Pixar de iPhone
Numberlys é a história de 5 habitantes de um Universo cinzento e regido por números que resolvem inventar o alfabeto. Esse aplicativo para iPad e iPhone, uma mistura de livro infantil com desenho animado, foi feito pela Moonbot, uma empresa que já está sendo chamada de “a Pixar dos apps” (e não à toa: seu fundador trabalhou na criadora do Toy Story). O resultado é tão bonito que você vai gostar mesmo se já for adultinho.
NUMBERLYS, US$ 5,99 na AppStore
4. Os arquivos ocultos do FBI
John Edgar Hoover foi o primeiro diretor do FBI. Ele fundou a polícia federal dos EUA, investiu em um registro centralizado de cidadãos e apostou na perícia científica para investigar crimes (às vezes ilegalmente). Mas Hoover foi também um gay enrustido, que morava com a mãe e teria tido um caso com um dos seus homens de confiança. Esse filme mostra a ascensão do FBI como o serviço de inteligência mais eficiente do mundo, ao mesmo tempo que intercala de forma sensível as duas vidas de Hoover: a de chefe implacável com a de amante reprimido. Mérito do diretor Clint Eastwood.
J. EDGAR, 27 de janeiro nos cinemas.
5. Morto muito louco
Nem zumbi devorador de miolos nem santo: Yuri é um publicitário suicida que retorna dos mortos em pleno Carnaval carioca. Nessa história em quadrinhos, feita pelo estreante Daniel Og, o texto é ácido e o traço é sem firulas – e serve pra escrachar família, religião, trabalho e Carnaval em uma comédia de erros bizarra.
YURI: QUARTA-FEIRA DE CINZAS, Daniel Og, Conrad, 272 páginas, R$ 36.
6. 1 minuto para ficar gênio
A teoria da Relativi-dade, o gato de Schrö-dinger, o quarto chinês. Nessa série de vídeos animados, a Open University (uma espécie de universidade livre e de graça da internet – vale uma fuçada) explica os raciocínios mais complicados da filosofia e da ciência em 60 segundos pra qualquer um entender.
60-SECOND ADVENTURES IN THOUGHT, https://migre.me/7yBcb
7. Hoje não tem marmelada
“Jamais tantos brasileiros morreram em tão pouco tempo e no mesmo lugar como naquele domingo em Niterói.” Dessa forma, o jornalista Mauro Ventura descreve o incêndio do Gran Circo Norte-Americano, que pegou fogo em dezembro de 1961. A lona, de material sintético, ficou em chamas e pedaços de tecido começaram a cair sobre a plateia, que se atropelava para chegar às duas saídas acessíveis. Em menos de 10 minutos, mais de 500 pessoas morreram – a maioria delas crianças. Mas as implicações da tragédia e a história pessoal dos envolvidos foram muito maiores do que se imagina: envolveram políticos, artistas e até o papa.
O ESPETÁCULO MAIS TRISTE DA TERRA, Mauro Ventura, Companhia das Letras, 320 páginas, R$ 46.