PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

Um papo com Gael García Bernal sobre “Viva – a Vida é uma Festa”

O filme chega aos cinemas em 4 de janeiro

Por Karin Hueck Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 24 out 2020, 18h23 - Publicado em 22 dez 2017, 12h55

Miguel é um menininho que sonha em ser músico. Para fugir da família, que o proíbe de tocar violão, ele vai para o mundo dos mortos. Lá, encontra o esqueleto Héctor (dublado por Gael García Bernal), que o ajuda a encontrar um ídolo morto. Conversamos com Gael sobre “Viva – a Vida é uma Festa”, novo – e existencialista – filme da Pixar.

Um papo com Gael García Bernal sobre “Viva – a Vida é uma Festa”

Você costumava comemorar o Dia dos Mortos? Como é ver essa tradição mexicana numa animação?
Estou muito emocionado de ver a reação das pessoas ao filme. Todo mundo participa da festa quando é pequeno: a gente montava altares em casa, na escola. É legal porque é uma tradição muito bonita, generosa, gentil. É um jeito de celebrar e refletir sobre a morte.

Quase todos os personagens do filme sofrem alguma reviravolta, incluindo o seu.
Ele tem um certo dilema no começo, né? Ele é um vagabundo, um pária no mundo dos mortos e, ao mesmo tempo, um grande artista. Ele faz música sem o objetivo de fazer sucesso. Penso que Héctor é um pouco como Sixto Rodrigues, do [documentário vencedor do Oscar] Searching for Sugarman. Tem algo parecido nos dois.

Outra personagem que muda ao longo do filme é a tataravó de Miguel, uma mulher durona, bem-sucedida, que criou a família sozinha. Ela lembra alguém que você conhece?
Sim, lembra a minha avó, uma mulher muito forte. Ela é uma personagem bem latino-americana, né? Ao longo da história, ela abandona as certezas que tinha sobre a vida, porque percebe que nem tudo era como imaginava. É meio parecida com todas as avós fortes: em algum momento, elas mostram que o mundo não é branco no preto, nem elas mesmas.

Esse filme é sobre um menino que não vê limites para a sua arte – topa até ir para o mundo dos mortos. No Brasil, andamos tendo uma discussão sobre o que pode e o que não pode ser feito na arte.
Sério? Que loucura que estejam tendo essa discussão. Afinal de contas, a arte é uma das vitórias da espécie humana. Ela é importantíssima para a gente se entender, perdoar, olhar para o futuro, expandir a nossa dimensão como humanos, não? Ela é algo que não tem limites. Até a política, inclusive, pode ser mais artística no melhor dos sentidos: que seja mais benevolente, mais amável. Parece ridículo que tentem botar regras na arte.

Publicidade


Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.