Usando cores invisíveis, fotógrafo recria uma Nova York psicodélica
Ele fotografou o Central Park usando um filtro infravermelho, que capta cores que o olho humano não enxerga; veja as fotos.
O Central Park é um dos pontos mais visitados de Nova York. Todo ano, 42 milhões de pessoas andam pelos caminhos do parque – e, claro, tiram milhares de fotos do cenário. No geral, as imagens são parecidas: grama verde, prédios cinza, céu azul. Mas o fotógrafo Paolo Pettigiani pensou diferente. Ele resolveu brincar com as cores já batidas do lugar, usando um filtro infravermelho em sua câmera. O resultado foi uma Nova York psicodélica, com árvores que parecem feitas de algodão doce, prédios esverdeados e um céu quase turquesa.
O filtro infravermelho (conhecido como IV) oferece aos fotógrafos a possibilidade de explorar um novo mundo. É que os olhos humanos não são capazes de enxergar a radiação infravermelha, já que ela está fora do espectro de cores visíveis. Na câmera, o filtro IV bloqueia toda a luz que chega na câmera, exceto aquelas do espectro infravermelho. Isso cria na foto uma paleta de cores psicodélica e surreal: árvores cor de rosa, céu turquesa, grama avermelhada, cimento verde escuro…
Esse tipo de fotografia foi criada pelo físico Robert R. Wood, no início do século 20. Anos depois, a técnica foi usada pelos EUA para reconhecimento de terrenos durante a Segunda Guerra Mundial – com o IV, ficava mais fácil diferenciar construções de vegetação, por exemplo. Nos anos 60, as fotos em infravermelho se popularizaram nas capas de discos de rock psicodélico, como os de Jimi Hendrix, Frank Zappa e Donovan. Hoje, esse tipo de fotografia també é usado em cenas do crime, para detectar detalhes que o olho humano não consegue ver.
Quer conhecer mais? Visite o instagram de Paolo Pettigiani.