Matheus Ferreira de Almeida, Salvador, BA
As mordidas do fila brasileiro, do mastim inglês e do rottweiler podem ser consideradas as mais fortes. “Eles são cães de guarda e possuem o músculo do maxilar inferior, chamado masseter, muito forte e os ossos que formam a maçã do rosto (o arco zigomático) são adaptados para sustentá-lo”, explica o veterináro José Pedutti, da Universidade de São Paulo. Sua mandíbula também é mais curta que a de outros cachorros e funciona como uma espécie de alicate. Os fortes músculos, aliados a mandíbula curta, fazem com que a mordida dos três cães seja entre oito e dez vezes mais forte que a do homem. Além do poder da mordida, eles podem segurar as
presas por mais tempo entre os dentes, e com isso evitar que ela fuja. A parte do focinho onde estão as narinas é mais curta que onde está a boca. Com isso, o cão mantém a presa na boca sem que ela feche a respiração.
Essa caracterítica é típica de cães de guarda. Nos cães de caça, como o perdigueiro, a situação se inverte: as narinas são bem mais projetadas que a boca, facilitando o faro.