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6 coisas que você provavelmente não sabia sobre o novo presidente do Brasil

Ele já tentou criar o Dia do Vendedor e legalizar o Jogo do Bicho - mas se recusou a trocar as fraldas do Michelzinho.

Por Felipe Germano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 mar 2024, 11h15 - Publicado em 31 ago 2016, 21h00

Nesta quarta, 31, o ex-presidente-interino Michel Temer assumiu, de fato, a presidência do Brasil. Dilma Rousseff foi afastada pelas chamadas pedaladas fiscais – um atraso no repasse da verba governamental para bancos. Ela ainda deve recorrer no Supremo Tribunal Federal, mas até que haja alguma mudança, quem assume a faixa presidencial é Temer.

Você já deve saber algumas polêmicas sobre o novo presidente – como o fato de que ele nomeou apenas homens brancos como ministros, que ele começa cartas com citações em latim, ou até que que quem aprovou o design do novo logo do governo federal foi Michelzinho, seu filho de 7 anos -, mas separamos seis informações sobre o novo presidente do Brasil que talvez sejam novidades para você.

1- Temer já foi a favor da legalização do Jogo do Bicho

Em 1984, quando foi nomeado Secretário de Segurança do então governador de São Paulo, Franco Montoro, Temer defendeu que o Jogo do Bicho fosse legalizado. “Eu não vejo razão para deixar de lutar pela legalização do jogo”, afirmou em depoimento à Comissão Especial de Inquérito da Assembleia Legislativa de São Paulo, naquele mesmo ano. Sua exigência é que os lucros dos jogos fossem divididos com o Estado e com o município

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Aparentemente, sua opinião não mudou tanto. Em maio, a Folha de São Paulo publicou uma matéria que revelava a simpatia de ministros do novo governo em relação à legalização dos jogos de azar – e congressistas que também visam a aceitação legal das partidas afirmaram à reportagem que Temer era a favor do tema.

2 – Um de seus projetos de lei foi tentar criar o “Dia Nacional do Vendedor”

Um dos projetos de lei de Temer enquanto estava na Câmara a PL 1658/1989, que visava instucionalizar Dia Nacional do Vendedor. Não te empolgou? Então você é mais regra do que exceção. O projeto não vingou, e foi rejeitado tanto pelo plenário, quanto pela Mesa Diretora da Casa.

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Essa foi só uma proposta, mas representa quase 5% do total de projetos de lei feitos pelo atual presidente do Brasil. De acordo com o site da Câmara, ele propôs apenas 22 projetos de lei durante seus 22 anos na Câmara.

3- Ele tem 5 filhos – mas se recusa a trocar fraldas

Em entrevista à Rolling Stone, em 2009, Temer comentou um pouco sobre sua vida pessoal “[Eu, e Marcela] temos um filho de quase 2 meses. Já tenho três filhas e quatro netos. Tenho um filho, que hoje tem uns 10, 11 anos, de uma relação que mantive durante certo período, e a quem eu prestigio. Mas estou vivendo o dia-a-dia, a mudança da rotina da casa”, disse ele. Foi a deixa para o repórter perguntar: mas o senhor está trocando fraldas também?Não chega a tanto”.

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LEIA: Quem é Michel Temer?

4- Temer escreveu um bestseller, em que defende o impeachment de um vice-presidente

Temer escreveu um livro que foi sucesso de vendas – mas não, não era de poemas. Era sobre legislação. Elementos do Direito Constitucional foi lançado em 1982, e desde então teve mais de 20 re-edições. Sucesso absoluto.

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Mas eis que o sexto capítulo da obra foca exclusivamente no poder executivo, e ali ele fala que os efeitos de um impeachment podem se estender ao vice da ocasião. “Quais as pessoas passíveis de responsabilização política? São: a) o Presidente da República (arts. 85 e 52, I) e o Vice-Presidente da República (art. 52, I); b) os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, nos crimes conexos com aqueles praticados pelo Presidente da República (art. 52, I); c) os Ministros do Supremo Tribunal Federal, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União (art. 52, II)”, afirma Temer no livro.

5- Temer já assumiu MUITOS cargos na política

O currículo é extenso, e Temer já jogou a favor e contra praticamente todo mundo. Começou a carreira em 1982 como procurador geral do Estado de São Paulo no governo de Franco Montoro, do PMDB (antes de fundar o PSDB). Dois anos depois já era secretário de segurança do Estado, quando pregava uma ação menos truculenta por parte da PM (cargo e atitude que ele repetiu em 1992, logo após o massacre do Carandiru). Em 1986 foi para a Câmara, casa da qual virou presidente em 1995, e brigou com Fernando Henrique Cardoso – do PSDB. Em 2004 revelou que seria vice de Erundina (PSB), hoje PSOL, para a disputada prefeitura de São Paulo. Seis anos depois virou vice de Dilma (PT). Hoje é presidente.

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6- Ele é ficha suja

Temer virou presidente, mas, caso fossem convocadas novas eleições, o resultado seria diferente. E isso não tem nada a ver com o número de votos que ele ganharia ou não –  ele simplesmente não pode concorrer. Em maio desse ano, ele foi condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo por ter doado mais dinheiro a campanhas do que é permitido por lei. Com isso, ele se tornou ficha suja e não pode sequer se candidatar a cargos públicos pelos próximos oito anos.

Esse não é o único processo com o nome do novo chefe do executivo brasileiro. Ele foi citado na Lava-Jato, e seu nome apareceu 21 vezes nas investigações da Operação Castelo de Areia, que investigou o grupo Camargo Correa (embora a operação tenha sido anulada pelo Superior Tribunal de Justiça). Atualmente, a chapa dele com Dilma para as eleições de 2014 também está sendo investigada pelo Tribunal Superior Eleitoral, por suspeitas de doações ilegais e uso dos Correios para a campanha. Se as denúncias forem comprovadas, a chapa pode ser cassada e, consequentemente, tirar Temer do poder.

 

Atualização: a primeira versão da matéria afirmava que Temer havia tentado criar o dia do Vencedor, e não do Vendedor.

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