As múmias de Iêmen
Um jovem pastor do Iêmen, na Ásia, descobriu dentro de uma gruta uma múmia intacta e partes de outras quatro. As múmias foram datadas de 330 a.C.
A milenar prática da mumificação dos mortos não ficou restrita aos egípcios. Sabe-se agora que ela saiu da África, mais precisamente em Sanaa, capital do Iêmen. Recentemente, um jovem pastor da vila de Shibam AL Gharas, descobriu, por acaso, dentro de uma gruta, uma múmia intacta e parte de outras quatro. De acordo com arqueólogos da Univeridade de Sanaa, elas pertenceram aos povos do célebre reino de Sabá, que habitaram aquela região a partir de 700 a.C. Mas, ao contrário das múmias egípcias, não foram embalsamadas nem envolvidas em bandagens. Elas não tinham órgãos internos e estavam recheadas com flores e sementes de uma planta típica da região, chamada raa. As vestes tinham sido untadas com uma substância ainda não identificada e traziam sapatos de couro nos pés. Os pesquisadores encontraram ainda uma flecha de bronze, um cálice com uma substância, talvez a mesma usada para untar roupas, fragmentos de cerâmica e pedaços redondos de madeira. As múmias foram datadas de 330ª.C e, pelos calçados e objetos, os cientistas supõem que elas podem ter pertencido a uma família nobre.