A eficácia da aspirina, a droga feita de ácido acetilsalicílico, que é o antitérmico e analgésico mais popular do mundo, foi descoberta por acaso.
Em 1870, químicos da companhia Bayer, na Alemanha, sintetizaram o ácido salicílico para usá-lo como anti-séptico, pois dentro do organismo humano ele produz o álcool fenol, que esteriliza as bactérias. Aos poucos, entretanto, deram-se conta de que, além de combater infecções, o ácido diminuía a febre e as dores dos pacientes, embora causando forte mal-estar no estômago.
Ninguém deu importância ao fato até outra coincidência acontecer. Em Munique, o químico da Bayer Felix Hoffmann (1868-1946), que estava aflito com as dores reumáticas do pai, prestou atenção e resolveu pesquisar. Viu que, agregando a substância acetil, facilitadora da ação do ácido, eliminava a febre e as dores mais rapidamente e diminuía os efeitos colaterais. Com o acetil, seu pai melhorou da noite para o dia.
Em 1899, Hoffmann registrou em seu diário a fórmula pura da aspirina. Ela alivia dores de cabeça e febres até hoje.