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Australopithecos: um ancestral totalmente fora do lugar

Descobertas sensacionais ampliam o número de animais que podem ter sido precursores do homem

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h15 - Publicado em 31 jan 1996, 22h00

A descoberta foi feita por um timaço, armado com seis craques da Antropologia, entre os quais o francês Yves Coppens e os americanos David Pilbeam e Michel Brunet. Eles marcaram um gol de placa: encontraram um ancestral remoto da humanidade muito longe da costa leste da África, considerada o berço da nossa espécie. Mas o novo fóssil estava a mais de 2 000 quilômetros de distância, lá pelo centro do Chade (veja o mapa abaixo). Ainda sem classificação definitiva, ele parece ser de um animal do gênero Australopithecus – intermediário entre o chimpanzé e o homem – extinto há mais de dois milhões de anos. Ainda não dá para saber o que ele estava fazendo tão longe de casa. Para os autores, o achado indica que os australopitecos surgiram num tempo muito curto, uns poucos milhares de anos, e se espalharam com rapidez por uma área bem grande. Então, não faria muito sentido falar em uma única terra natal, bem localizada. Ou seja, a discussão está aberta. “A descoberta certamente vai criar polêmica”, garantiu à SUPER por telefone um dos maiores especialistas em evolução humana, o antropólogo Bernard Wood, da Universidade de Liverpool, Inglaterra. “Temos muito trabalho pela frente.” De fato, os teóricos não estão dando conta de tudo o que os pesquisadores estão desenterrando nos últimos meses. Um outro pacote de ossos impressionantes foi encontrado na China. Pertenciam ao Homo erectus, um ancestral mais avançado e mais recente do que o australopiteco. Trata-se do mais antigo fóssil do erectus já visto na Ásia, para onde ele teria migrado da África. Alguns até pensam que ele pode ter evoluído de maneira independente na Ásia. O que significa mais lenha na fogueira dos debates. Mesmo porque outra novidade são as antigas ferramentas de pedra africanas (veja foto ao lado), tão avançadas como as européias mais recentes. Isso reforça a idéia de que a origem do homem fica mesmo no continente africano.

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