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Blair idealizou atentado em Londres:o dono da bomba

Que Al-Qaeda, que nada. O primeiro-ministro britânico teria muito mais a ganhar com o atentado terrorista que paralisou Londres.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h27 - Publicado em 30 set 2005, 22h00

Marcos Todeschini

TEORIA – Blair idealizou atentado em Londres

OBJETIVO – Criar um clima de insegurança para justificar a guerra ao terror

Parece um Big Brother da vida real: uma pessoa que ande um dia inteiro pelo centro de Londres é filmada, pelo menos, 300 vezes por câmeras de segurança. Elas estão espalhadas por toda a parte. No cinema, em bancos, em prédios residenciais, em estações de metrô, em shopping centers. Estão até mesmo instaladas dentro dos ônibus urbanos. Mas, na manhã de 7 de julho de 2005, quatro pessoas conseguiram escapar do olho perspicaz de T-O-D-A-S as câmeras de segurança londrinas. Nenhuma delas captou os quatro homens-bomba que carregavam 10 quilos de dinamite cada um para explodir, em menos de uma hora, três estações de metrô e um ônibus urbano em Londres. Foi um dos maiores atentados terroristas da história do Reino Unido, com um saldo de 52 mortos e mais de 700 feridos – grande parte cidadãos britânicos. E nenhuma câmera foi capaz de prever ou evitar os ataques.

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Os terroristas-suicidas conseguiram burlar as câmeras de vigilância porque, na verdade, tudo foi arquitetado pelo próprio governo britânico. Pelo menos é essa a tese defendida por conspirólogos, que não conseguem engolir a história de que houve falha na segurança. Para eles, o que houve, sim, foi um conluio da tríade formada pelo primeiro-ministro Tony Blair, pelo chefe da Polícia britânica, Ian Blair, e pela chefe da Inteligência britânica, Eliza Manningham-Buller.

Que motivos eles teriam para provocar um desastre de tal magnitude em seu próprio país? O principal argumento dos que culpam o governo é que Tony Blair precisava criar um fato para justificar seu apoio ao presidente americano, George W. Bush, na guerra contra o terrorismo. A popularidade do primeiro-ministro britânico estava em declínio por causa do envolvimento do Reino Unido na invasão ao Iraque. Criando um clima de insegurança em seu país por meio de uma ação terrorista espetacular, ficaria mais fácil convencer os britânicos a apoiarem suas investidas no Iraque.

Outro bom motivo para Blair cometer a barbárie seriam suas pretensões políticas. Segundo conspirólogos, primeiro-ministro é um cargo muito pequeno para Blair. Sua ambição é muito maior: ele quer se tornar o primeiro presidente de um superestado europeu. Liderando o Europa, ele criaria uma aliança com os Estados Unidos e Israel para continuar a expansão para o Oriente Médio e a Ásia. De que forma as explosões em Londres seriam úteis a Blair? Em uma situação de caos, ele mostraria ao mundo sua capacidade de restabelecer a ordem, impedindo que novas explosões acontecessem. Pouco depois dos ataques de 7 de julho, a imprensa noticiava quatro tentativas frustradas de atentado. Se bem que a Polícia britânica acabou metendo os pés pelas mãos: no dia 26 de julho, matou com cinco tiros o brasileiro Jean Charles de Menezes, que foi confundido com um terrorista numa estação de metrô em Londres.

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Um terceiro argumento que reforça a culpa de Blair em toda essa história entra no espectro da individualidade dos cidadãos. As explosões ajudariam a expor a deficiência dos sistemas de segurança britânicos. Isso demandaria aumento no controle sobre as pessoas por meio de aparelhos de vigilância mais poderosos, colocando em xeque a liberdade civil.

Os paranóicos de plantão citam algumas evidências para sustentar a tese de que foi Tony Blair quem deu o sinal verde para o atentado em Londres. Uma delas é o fato de que, dias antes das explosões, a agência de notícias Associated Press divulgou em seu site uma matéria alertando para a possibilidade de acontecerem atentados em Londres. Não só isso: afirmava que o governo britânico tinha conhecimento desse fato. Estranhamente, assim que publicada, a notícia foi tirada do ar, sem maiores explicações.

Dias depois do atentado, o grupo Organização Secreta da Al-Qaeda na Europa reivindicou a autoria. Atribuiu os ataques ao envolvimento do Reino Unido nas invasões ao Iraque e ao Afeganistão. Só que a carta na qual o grupo assumia a culpa continha erros gramaticais grosseiros de árabe. E pior ainda em se tratando de um grupo fundamentalista: havia erros de citação do Alcorão, o livro sagrado do islamismo. Outro detalhe que os conspirólogos acham difícil de engolir é o fato de o atentado em Londres ter sido suicida. Em lugares públicos por onde circulam centenas de milhares de pessoas diariamente, os autores dos ataques poderiam simplesmente ter largado a sacola com os explosivos dentro dos vagões. Não era necessário se matar para detonar as bombas. A não ser que os verdadeiros responsáveis pela ação terrorista precisassem de alguns cadáveres para assumir a culpa.

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