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Cientistas reconstroem rosto de mulher que viveu na Idade da Pedra

A caçadora-coletora pré-histórica viveu há 10.500 anos onde hoje é a Bélgica; agora, uma parceria de pesquisadores e artistas revelou seu rosto.

Por Manuela Mourão
5 jul 2025, 10h00

Há 10.500 anos, em plena Idade da Pedra, uma mulher viveu e morreu no território que hoje é a Bélgica. Milhares de anos depois, cientistas encontraram os seus restos mortais e, agora, se juntaram com artistas para criar uma reconstrução facial dessa mulher. 

Conhecida como “Mulher de Margaux”, em referência à caverna onde seus restos foram encontrados em 1988, ela é o resultado de uma recente colaboração entre arqueólogos da Universidade de Ghent e os irmãos Adrie e Alfons Kennis – artistas holandeses conhecidos por suas reconstruções hiper-realistas de humanos pré-históricos.

Utilizando imagens em 3D do crânio, modelos impressos em alta resolução e dados do DNA extraído de fragmentos ósseos, os pesquisadores criaram uma representação visual impressionante da caçadora-coletora do Mesolítico. 

Seus olhos eram provavelmente azuis ou em tons claros e sua pele era de um tom médio – mais escura que a de europeus modernos, mas mais clara que a de outros indivíduos do mesmo período na Europa Ocidental. 

Para a arqueóloga Isabelle De Groote, da Universidade de Ghent, esses traços desafiam algumas hipóteses anteriores que diziam que havia pouca diversidade fenotípica há 10.500 anos. “A pele da mulher Margaux aponta para uma maior complexidade da pigmentação da pele nessas populações – era algo mais heterogêneo do que se pensava anteriormente”, disse para a Live Science

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A comparação com o famoso “Homem Cheddar”, descoberto na Inglaterra, reforça esse ponto. Ambos viveram em épocas parecidas da Europa pré-histórica; contudo, enquanto o inglês possuía pele escura e olhos azuis, Margaux teria uma pele mais clara.

“Até agora, a diversidade fenotípica entre os caçadores-coletores europeus era conhecida apenas por um pequeno número de fósseis”, diz Maïté Rivollat, geneticista do projeto, em comunicado

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A idade da mulher, estimada entre 35 e 60 anos, e seu estilo de vida, provavelmente nômade e com muita exposição ao Sol, também influenciaram os tons aplicados à reconstrução. Ainda assim, os cientistas reconhecem os limites: o DNA antigo oferece pistas, mas não certezas. Há também um bom espaço para interpretação artística nessas reconstruções.

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