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Conheça a única raça brasileira de gato – confundida com “vira-lata”

Talvez, o gatinho que você passou a vida inteira achando que era mais um animalzinho de rua é, na verdade, parte da única raça brasileira de gatos

Por Manuela Mourão
Atualizado em 16 set 2024, 10h41 - Publicado em 14 set 2024, 12h00
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  • Um gato repousado sobre um piso de madeira.
     (Leonardo Costa Farias / Getty Images/Reprodução)

    Entre os gatos de aparência comum, que muitas vezes não se destacam como um persa ou um angorá, está escondida a única raça de gatos genuinamente brasileira: o Brazilian Shorthair (do inglês, pelo curto brasileiro). Diferentemente do seu parceiro vira-lata caramelo, esse felino foi reconhecido oficialmente em 1998 pela World Cat Federation (WCF) como uma raça de gatos, mas nem por isso deixou suas origens humildes para fazer parte dos “Aristogatas” e continua populando as ruas do país.

    História dos gatinhos

    A história do Brazilian Shorthair tem origem no Brasil colonial. Os ancestrais desses felinos foram trazidos pelos portugueses no século 16, com a função de combater roedores nos navios. Com o tempo, esses animais se adaptaram ao novo ambiente, criando suas ninhadas muitas vezes nas ruas. 

    Nos anos 1980, o engenheiro Paulo Samuel Ruschi, que fundou a primeira federação e o primeiro clube de gatos no Brasil, decidiu tomar um passo ousado. Ele percebeu que os gatos de rua em várias cidades brasileiras compartilhavam características semelhantes e decidiu criar um padrão genético para oficializar a raça. 

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    O Brazilian Shorthair foi assim formalmente reconhecido em 1998 pela WCF, mas ainda é mais conhecido fora do Brasil do que dentro do próprio país.

    Embora possa parecer um “vira-lata” com pedigree, há uma diferença crucial. “Os gatos vistos nas ruas podem se parecer com a raça, mas o controle rigoroso dos criadores é essencial para preservar a pureza genética”, afirma Anna Júlia Dannala, criadora de gatos, para o G1

    Segundo ela, “para que um gato seja reconhecido como de raça, ele precisa passar por um processo seletivo, que inclui testes veterinários e estudos genéticos”. A regulação exige um padrão nas características como: olhos, orelhas,focinhos, pernas, peso, além das texturas da pelagem, porte e, em alguns casos, cores. Caso isso não aconteça, o gato passa a ser considerado como SDR – sem raça definida.

    A comparação entre gatos de rua e gatos de raça é uma conversa que sempre rende. “Os ingleses e os americanos transformaram seus gatos de rua em gatos de raça. O British Shorthair e o American Shorthair são exemplos clássicos”, diz Dannala. É como se fossem os primos chiques dos gatos de rua de seus países. 

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    Mas, o que realmente define a transformação de um grupo desses felinos em raça, é a intervenção humana. 

    Sem interferência, os gatos de rua se reproduzem sem controle, o que resulta em uma mistura genética natural e imprevisível. Já para que seja considerado pedigree, há um cuidado rigoroso com sua linhagem: é necessário mapear sua árvore genealógica, garantindo a pureza da raça, além de investir em cuidados veterinários especializados para manter os requisitos exigidos. No caso do gato brasileiro, Paulo Ruschi traçou sua origem até a península ibérica.

    Apesar de seu status internacional, o Brazilian Shorthair ainda não é tão valorizado no Brasil quanto no exterior. “No exterior, muitos criadores dedicam-se à preservação e ao aperfeiçoamento da raça. No Brasil, isso ainda não é tão popular”, lamenta Anna Júlia.

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