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A história dos mais de 44 anos da Guerra Fria está marcada pela trajetória de duas nações, pelas decisões de seus líderes e pela cultura de seus povos. EUA e União Soviética, que saíram da 2ª Guerra como aliados, atravessaram esses longos dias num confronto que se iniciou como um jogo de emoções contidas.
Sérgio Miranda, editor
Primeiro dia
Pouco antes do fim da 2ª Guerra, os líderes aliados de União Soviética, EUA e Reino Unido se reuniram em Potsdam, na Alemanha: Josef Stálin chegou um dia atrasado, triunfante a bordo das conquistas do Exército Vermelho sobre o Leste Europeu. Harry Truman, presidente após a morte do carismático Roosevelt, veio ao encontro apenas 3 dias depois do sucesso dos testes de uma nova arma atômica. Winston Churchill só participou das primeiras reuniões. Surpreendido (e derrotado) nas eleições, foi substituído no meio da conferência pelo desconhecido Clemente Atlee. Assim começou o novo jogo. Novos jogadores. Havia um tabuleiro a ser desenhado e regras a ser combinadas.
• US$ 130 bilhões
Em valores atualizados, é o que os EUA gastaram no auxílio financeiro conhecido como Plano Marshall, para a rápida reconstrução dos aliados europeus.
• Cortina de ferro
“De Sttetin, no Báltico, a Trieste, no Adriático, uma cortina de ferro desceu sobre o continente”… Winston Churchill soltou essa em um discurso numa universidade nos EUA, em março de 1946. O termo ficaria famoso para denominar os países sob influência soviética no Leste Europeu.
• Pacto de Varsóvia
Sob comando da União Soviética, Polônia, Checoslováquia, Alemanha Oriental, Hungria, Romênia, Bulgária e Albânia unem-se num bloco militar de defesa conjunta e assinam um tratado em 14 de maio de 1955.