Para a maior parte dos arqueólogos, o rei Felipe II da Macedônia – célebre por fazer a unificação das cidades gregas, no século IV a.C., e ter sido pai de Alexandre, o Grande – foi enterrado na região onde hoje fica a cidade de Vergina, a antiga capital da Macedônia, no norte da Grécia. Portanto, seria dele um esqueleto encontrado em antigas tumbas, abertas nessa área há 23 anos. Mas o etnólogo Antonis Bartsiokas, da Universidade Democritus, na Grécia, não concorda. Ele diz que, na verdade, os ossos pertenceram ao rei Felipe III Arrhidaeus, tio de Alexandre e seu sucessor no trono. Acontece que Felipe II morreu apunhalado, e o crânio de Vergina apresenta um oríficio que parece ter sido feito por arma branca. Mas Bartsiokas escreveu na revista americana Science que a marca está muito danificada e não serve de prova. Ele também alega que examinou marcas de fogo nos ossos, concluindo que eles só foram cremados meses depois da morte, exatamente como se acredita ter acontecido com Felipe III.