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É preciso colocar as drogas na balança

Uma tese bastante difundida entre especialistas diz que o uso das drogas funciona sob o padrão da escadinha. Explico: o sujeito começa com a mais leve e daí sobe degrau a degrau em direção às mais pesadas.

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Atualizado em 31 out 2016, 18h22 - Publicado em 30 set 2007, 22h00

Sérgio Gwercman, redator-chefe

Uma tese bastante difundida entre especialistas diz que o uso das drogas funciona sob o padrão da escadinha. Explico: o sujeito começa com a mais leve e daí sobe degrau a degrau em direção às mais pesadas. A idéia não é consensual – qual é o tal 1º degrau: a maconha? O tabaco? O álcool? Mas, ao rever o que a Super já publicou sobre as drogas, percebi que o padrão da escadinha serve ao menos para explicar como esse debate mudou. Está cada vez mais sério e maduro.

Em 20 anos de revista, quase 250 edições, esta é a 6ª vez que o assunto estampa nossa capa. A 1ª foi em março de 1992, numa reportagem que explicava como as drogas agem no organismo humano e por que elas alteram a consciência. A seguir, a 1ª polêmica: em 1995, a comunidade científica debatia o que fazer com estudos que comprovavam a eficiência medicinal da maconha. Seria o caso de receitar uma droga aos pacientes? Em 1998, a Super deu espaço ao relatório da Organização Mundial da Saúde que diagnosticava os efeitos do uso da maconha – mas sob a forma de cigarro, não de remédios. Em janeiro de 2002, avançamos um pouco mais: pela 1ª vez falamos em legalização total, numa reportagem que se perguntava, entre outras coisas, o que era uma droga – e se fazia sentido, do ponto de vista científico, proibir o álcool e liberar a cocaína. Em setembro do mesmo ano, “A Verdade sobre a Maconha” contou a história da proibição à Cannabis, mostrando como muito do que se fala sobre o assunto tem origem no moralismo, não na ciência.

Degrau a degrau, fomos subindo a escada que nos levou à pergunta da capa: está na hora de legalizar? Temos informações e enfrentamos os preconceitos. O que devemos fazer daqui em diante? Não espere respostas simples. Porque elas não existem. Já está claro que entre proibição, descriminalização e legalização não há uma solução ideal, capaz de nos livrar de todos os problemas. Para escolher o melhor caminho a seguir, é preciso colocar prós e contras numa balança. Nós apresentaremos os pesos envolvidos nessa polêmica. Caberá a você compará-los. E decidir qual é o lado mais leve.

Se você quiser acompanhar a evolução deste debate, vá ao site da Super. Todas as reportagens que eu citei aqui estão disponíveis no nosso arquivo. Não é preciso se cadastrar: o conteúdo é inteiro aberto e gratuito. Recomendo a leitura dessas matérias como um complemento a esta edição. Afinal, para entender o presente e planejar o futuro, é preciso começar conhecendo o passado.

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