Cíntia Cristina da Silva
Servidão Humana
W. Somerset Maugham, Globo, R$ 58, 676 páginas
À primeira vista, Philip Carey parece destinado ao fracasso: além de mancar, vive atormentado por uma rigorosa educação religiosa. Até que decide se libertar. Viaja para Heidelberg, para Paris, tenta ser contador, pintor, desiste de tudo, perde a fé em Deus e volta para Londres. Lá, conhece Mildred Rogers com quem mantém um relacionamento obsessivo e autodestrutivo.
Frase: “Agradeceu inconscientemente a Deus por não mais acreditar n´Ele.”
Por que é imperdível: Como os grandes clássicos, é um romance de formação. Sua lista de fãs vai de gerações de leitores a escritores como George Orwell e Gore Vidal.
• Um dos temas de Servidão Humana (1915) é a obsessão sexual. Graças a sua prosa envolvente, Somerset Maugham ficou conhecido por tornar aceitável ao público médio o tema mais apimentado.
• O livro teve 3 adaptações para o cinema: Escravos do Desejo (1934), com Bette Davis, de longe a melhor versão; Escravo de uma Paixão (1946), com Eleanor Parker; e Servidão Humana (1964), com Kim Novak.
• Durante a Revolução Russa, em 1917, Maugham, disfarçado de repórter, trabalhou para a inteligência britânica. Sua carreira detetivesca não durou muito em razão da saúde precária.