Parece absurdo hoje querer obrigar mulheres a não estudarem, não votarem, não se candidatarem a cargos públicos, não trabalharem fora, não escolherem com quem e quando querem se casar. Pois essa era a norma para o sexo feminino da Antiguidade até o século 20. Se agora o feminismo é identificado com as mulheres raivosas que queimaram sutiãs e abriram mão da vaidade para exigir igualdade com os homens, no passado esse movimento foi fundamental para grandes mudanças sociais.
A defesa dos direitos das mulheres começou a ganhar força no século 18 na França e na Inglaterra, após as revoluções burguesas. Com a idéia da igualdade dos homens, inglesas e francesas começaram a se organizar contra as leis que as submetiam à inferioridade no casamento e no trabalho.
No século 19 foi fundado por Susan B. Anthony, May Wright Sewell e Frances Willard o Conselho Internacional da Mulher nos EUA, embrião do movimento que mais tarde se destacaria na defesa de uma das principais reivindicações das mulheres: o direito ao voto.
Durante as duas guerras mundiais, elas ocuparam postos de trabalho, abertos pelos homens que se juntavam ao exército. Ao fi nal dos confl itos, porém, a maioria voltou para as atividades domésticas após a chegada de seus companheiros. Foi apenas nos anos 60, com os movimentos de liberação e dos direitos civis, e o trabalho das Novas Feministas, como Betty Friedan, autora de A Mística Feminina, que o papel das mulheres na sociedade mudou de forma mais efetiva.