Irlandeses têm razão em se sentir diferentes dos britânicos
Um estudo genético mostrou que eles estão mais próximos dos bascos do que dos ingleses.
Os irlandeses têm razão em se sentir diferentes dos britânicos. Um estudo genético mostrou que eles estão mais próximos dos bascos do que dos ingleses. Os habitantes da Irlanda têm em seu DNA um gene que quase não existe no resto da Europa. Conhecido como haplótipo 15, esse gene era característico das populações européias no Paleolítico. Ele foi sumindo do continente a partir das migrações dos povos agricultores do Oriente Médio, por volta de 5 000 anos atrás. Mas em Connaugh, na ponta noroeste da Irlanda, aparece em 98% dos homens. Uma freqüência semelhante só existe no País Basco – região no norte da Espanha cujos habitantes também se consideram uma raça à parte. “Tanto os bascos quanto os irlandeses ficaram isolados dessas ondas migratórias”, disse o biólogo Daniel Bradley, do Trinity College, de Dublin, um dos autores da pesquisa.
Separatismo genético
Irlandeses e bascos têm ancestrais comuns.
1. O haplótipo 15 é um gene típico dos primeiros europeus. Ele foi varrido do continente há 5 000 anos com a chegada de novas migrações. No País Basco a população pré-histórica ficou isolada e manteve o gene. Ele existe hoje em 89% dos bascos.
2. Uma nova pesquisa descobriu que os irlandeses, ao contrário do que se pensava, também ficaram isolados. No extremo da ilha, 98% dos homens têm o gene pré-histórico.