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Josef Stálin – Verdades e Mentiras

Stálin sem photoshop

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 12 abr 2023, 15h04 - Publicado em 31 Maio 2012, 22h00

O camarada bigodudo que governou a URSS de 1924 a 1953 botou para funcionar uma máquina de propaganda que fez uma cirurgia plástica no passado russo. São famosas as alterações em fotos oficiais para apagar pessoas pouco queridas do regime, como Trotsky. Mas Stálin não manipulou só a história alheia e a de seu país: o excêntrico líder soviético que nasceu com dois dedos do pé grudados e tinha um braço menor que o outro adulterou um bom tanto de sua própria trajetória. Você sabe o que é fato e o que é invenção?

Sossó é o #$%!@. Meu nome é Stálin!
Os amigos teriam escolhido a alcunha pela qual ficou conhecido Josef Vissarionovitch, segundo ele explicou a um jornalista: “Meus camaradas me deram o nome. Eles acharam que me caía bem”. Isso porque stalin significa “homem de aço” e tinha tudo a ver com a personalidade do líder.

FAL – Foi o próprio Stálin quem escolheu o codinome com o qual entraria para a História. O pseudônimo foi construído aos poucos: em seus artigos, primeiro ele assinava “K. St.”, “K. Sáfin”, “K. Sólin”… “Stálin” surgiu em 1913. Os mais próximos se referiam a ele por um apelido bem menos imponente: Sossó.

FILHO DE PEIXE…
O menino que dava aulas de alfabetização aos 5 anos para garotos de 13 teria muito o que discutir em sessões de análise. Na infância, testemunhou o pai alcoólatra agredir a mãe várias vezes – e ele próprio era alvo de eventuais sopapos. Depois que deixou sua mãe na cidade de Gori, na Geórgia, para fazer a revolução, voltou poucas vezes a vê-la.

VERDADEIRO – Parece que o pai de Stálin fez escola. Haja vista a declaração de sua mãe, a lavadeira Catarina: “Ele era um mau filho, negligente, exatamente como era como pai e marido. Todo o seu ser estava voltado para outra coisa, a política e a luta”.

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Rumo à estação
Finlândia Stálin recebeu Lênin com um fraternal sorriso na estação Finlândia, em Petrogrado, em abril de 1917, logo depois da primeira investida da Revolução Russa, que derrubou o czar Nicolau 2º. O sentimento de ambos era de grande emoção, pois o líder dos bolcheviques voltava à Rússia depois de 10 anos no exílio.

FAL – A foto que comprovaria esse momento foi forjada pela propaganda stalinista. “O encontro tantas vezes mostrado, glorioso e cheio de emoção, na verdade só ocorreu alguns dias depois, em uma das salas do Pravda (principal jornal da União Soviética). Nada teve de glorioso, e a emoção ficou por conta de algumas críticas feitas por Lênin a artigos publicados por Stálin”, afirma Daniel Myerson no livro Sangue e Esplendor. Detalhe: segundo historiadores, Lênin considerava Stálin medíocre.

O JARDINEIRO FIEL
“O povo deve ser educado com o mesmo cuidado e ternura com que um jardineiro cultiva uma árvore frutífera de estimação.” A metáfora atribuída a Stálin não foi proferida à toa. De 1934 a 1953, ele passava a maior parte do tempo despachando da casa de veraneio em Kuntsevo, perto de Moscou, onde mantinha um jardim. Pedia aos camaradas conselhos sobre plantas e até coordenou o plantio de uma horta.

VERDADEIRO – Ele podia até se dar bem com as plantas. Em compensação, mentia sobre sua habilidade como atirador. Sua falta de destreza nas caçadas ficou comprovada quando, certa vez, amigos lhe propuseram que matasse codornas presas em gaiolas no quintal – e ele acertou um tiro no chão e outro em um dos guardas.

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PARANOIA DELIRANTE
Dos 1966 delegados que compareceram ao Congresso do Partido Comunista de 1934, mais da metade foi executada antes da reunião seguinte, 5 anos depois. Isso porque Stálin era do tipo que desconfiava até da própria sombra: de vez em quando, promovia uma limpa na própria equipe para se prevenir contra traidores.

VERDADEIRO – Tem mais: pouco antes de morrer, ele mandou assassinar um médico que lhe recomendou repouso, alegando que o doutor fazia parte de um complô. Também condenou à morte o responsável pelas sessões de cinema no Kremlin porque o infeliz teria derrubado o projetor no chão na tentativa de envenenar o chefe com mercúrio.

NEM A MORTE O SEPAROU DA MENTIRA
De acordo com a versão oficial, Stálin morreu aos 74 anos em 5 de março de 1953, no Kremlin, vitimado por um derrame cerebral.

VERDADEIRO OU FAL – O ditador não morreu no Kremlin, como foi divulgado na época, e sim em Kuntsevo, na casa de campo. A verdade é que não há consenso sobre a causa da morte. Segundo uma versão, alertados pelos guardas de que o chefe não se levantou naquela manhã, membros do Estado-Maior não teriam permitido que médicos fossem chamados. O socorro teria chegado pelo menos 12 horas depois. O historiador russo Edvard Radzinski defende que Stálin foi envenenado por membros da cúpula do governo, ansiosos para mudar os rumos da política na URSS.

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