Christiane Desroches Noblecourt, Papirus Editora, Campinas, 1994
As antigas egípcias tinham grande liberdade de expressão – e os mesmos direitos dos homens. Só essa constatação já justificaria o trabalho da egiptóloga francesa Christiane Desroches Noblecourt. Mas ela não ficou só nisso. Descobriu que as egípcias eram excelentes administradoras e, na vida doméstica, tomavam decisões conjuntas com os maridos. Também podiam ser rainhas, como aconteceu com Hatshepsut (1504-1483 a.C). Para chegar a essas conclusões, a autora, que trabalha no Museu do Louvre, em Paris, estudou atentamente relevos e desenhos de templos e tumbas, além de colher depoimentos de mulheres de famílias tradicionais do Egito.