O futuro do mercado de trabalho
Entre 1995 e 2002, a economia dos países ricos subiu e a produção das fábricas aumentou 4,3%. Mesmo assim, 30 milhões foram mandados embora.
Bruno Vieira Feijó
1. Está mais difícil conseguir trabalho do que na época de nossos pais?
Sim. É que, enquanto o tamanho da população cresceu nas últimas décadas, o número de empregos tomou o caminho inverso, principalmente por causa da robotização das fábricas. E a lógica de que a tecnologia destrói velhos empregos para criar novos não funciona. Entre 1995 e 2002, a economia dos países ricos subiu e a produção das fábricas aumentou 4,3%. Mesmo assim, 30 milhões foram mandados embora.
2. E a formação tradicional? continua?
Já mudou. Há dezenas de cursos que formam mão-de-obra especializada em áreas onde há escassez de profissionais. Algumas empresas até criam treinamentos específicos. A Petrobrás, por exemplo, forma neste ano a primeira turma de engenharia do petróleo.
3. O trabalho informal vai superar as corporações?
Para vários especialistas esse é o caminho. O presidente da Intel, Avram Miller, acha que, logo, logo, as pessoas vão trabalhar quase todas em casa ou alugar espaço em escritórios, e mais: venderão suas horas de trabalho em sites de leilão. Carteira assinada? Esqueça.
Fontes: Marisa da Silva, consultora da Career Center; livro O Fim dos Empregos, Ed. M.Books, 2004; revista Fast Company, edição 103, março de 2006.