Clique e Assine SUPER por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

O que aconteceria com um objeto atirado num buraco que unisse o Brasil ao Japão?

Em uma situação ideal, sem atrito, o objeto atravessaria a Terra até o outro lado do tubo¿, diz Elcio Abdalla, físico da USP. Com a aceleração da gravidade, o objeto desceria com velocidade cada vez maior, atingindo cerca de 20 mil quilômetros por hora no centro da Terra.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h24 - Publicado em 30 set 2006, 22h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Tarso Araújo

    Publicidade

    É claro que seria impossível realizar essa experiência (entre outras razões, porque o centro da Terra é feito de metal fundido), mas dá para prever o que aconteceria aplicando a lei da gravitação universal, formulada por Isaac Newton. “Em uma situação ideal, sem atrito, o objeto atravessaria a Terra até o outro lado do tubo”, diz Elcio Abdalla, físico da USP. Com a aceleração da gravidade, o objeto desceria com velocidade cada vez maior, atingindo cerca de 20 mil quilômetros por hora no centro da Terra. A partir daí, ele continuaria rumo ao Japão, por causa da inércia, e a gravidade, que puxa tudo para o centro da Terra, passaria a funcionar como força de desaceleração. O objeto viajaria com velocidade decrescente, chegando ao Japão com velocidade zero. “Em seguida, ele voltaria ao ponto inicial, cumprindo um movimento harmônico ideal, como se fosse uma mola”, afirma Abdalla. Dá para calcular até o tempo de viagem, fazendo uma conta que considera a aceleração da gravidade e o diâmetro da Terra. Seriam cerca de 90 minutos para ir ao outro lado do mundo e voltar.

    Mas… e se considerássemos a força do atrito? “Numa situação real, o objeto enfrentaria o atrito do ar, o que o faria parar”, diz Abdalla. A partir de um determinado momento, que depende da forma do objeto, a velocidade se estabiliza por causa da força de atrito. “Com a perda de aceleração, ele diminuiria gradualmente a distância percorrida, até parar no meio da Terra, onde está o centro de atração gravitacional.” O professor estima que, se o objeto fosse um corpo humano, a velocidade-limite ficaria em somente uns 100 quilômetros por hora, e a viagem ao centro da Terra demoraria cerca de 100 horas.

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 9,90/mês*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 14,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.