No início da década de 80, o meteorologista canadense Graeme Mather (1934-1997) entrou voando de avião numa tempestade, no interior da África do Sul. Ficou intrigado com o que viu. Gotas gigantescas se espatifando contra o pára-brisa da aeronave, impossíveis de serem encontradas naquele tipo de nuvem, naquela altura, à temperatura de 10 graus negativos Celsius, capaz de congelar a água. Mather não sossegou enquanto não achou a origem do pé-d’água. Depois de examinar a região sobrevoada, concluiu que o fenômeno era produzido por uma fábrica de papel. Suas chaminés lançavam na atmosfera vasta quantidade de sais cujas partículas, ao atingir as nuvens, aglutinavam as moléculas de água do ar, criando gotas tão grandes que despencavam no solo, apesar do frio da atmosfera. A observação serviu para criar um método bem-sucedido de produzir chuvas: espalhar sais, absorvedores de água, sobre as nuvens.