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O século deu razão a Darwin

O darwinismo, contestado no início, se consolida como explicação científica da origem e do desenvolvimento das espécies.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h13 - Publicado em 31 ago 1999, 22h00

Quando o naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882) propôs sua teoria sobre a evolução dos seres vivos na obra-prima A Origem das Espécies, em 1859, sabia que seria contestado. De fato, suas idéias provocaram furiosas polêmicas. O darwinismo só se tornou dominante na comunidade científica a partir de 1900, com a redescoberta dos trabalhos do padre tcheco Gregor Mendel sobre a hereditariedade das ervilhas.

Entre as décadas de 20 e 50, a Teoria da Evolução ganhou uma versão moderna, o neodarwinismo, que uniu as evidências da Genética às idéias originais de Darwin. Dessa forma foi possível explicar aspectos que ainda estavam obscuros, como o mecanismo de variação genética por meio do qual a seleção natural age. Em 1972, a teoria darwiniana recebeu mais um apêndice – a Teoria do Equilíbrio Pontuado, proposta pelos biólogos americanos Stephen Jay Gould e seu colega Niels Eldredge. A dupla afirmou que o surgimento de novas espécies acontece num ritmo desigual, e não a uma taxa constante. Segundo Gould e Eldredge, há na natureza períodos muito breves em que ocorre uma verdadeira explosão de novos animais e plantas. Nos intervalos entre esses períodos, os organismos passam milhões de anos sem sofrer grandes mudanças.

O toque de refinamento máximo das idéias de Darwin veio em 1976, com a publicação do livro O Gene Egoísta, do zoólogo inglês Richard Dawkins. Ele defende que nós, seres vivos, nada mais somos do que veículos utilizados por nossos genes para preservar sua sobrevivência individual. Com contribuições como essa, o neodarwinismo se tornou amplamente aceito pela ciência atual e deverá ser aperfeiçoado, no próximo século, com novas descobertas.

Um dos achados mais importantes sobre a evolução das espécies ocorreu em 1909, nas Montanhas Rochosas canadenses. Lá, o paleontólogo americano Charles Walcott (1850-1911) descobriu fósseis de criaturas de mais de 500 milhões de anos, como esse trilobita – um parente da lagosta. Ele media entre 5 e 8 centímetros e vivia no mar.

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Somos todos ETs?

O astrônomo inglês Fred Hoyle lançou em 1970 uma teoria original sobre a origem da vida. Estudando a luz emitida por estrelas distantes, detectou sinais de aminoácidos, substâncias necessárias para a formação de seres vivos. Propôs, então, que as primeiras moléculas orgânicas chegaram à Terra em meio à poeira trazida por cometas.

A sopa original

Em 1953, o químico americano Stanley Miller tentou recriar em laboratório as condições do planeta na época em que surgiram os primeiros seres, há 4 bilhões de anos. Ele encheu um recipiente com água e os gases metano, amônia e hidrogênio. Depois, lançou intensas faíscas lá dentro, para imitar relâmpagos. No meio da sopa, apareceram aminoácidos. Mais tarde, outras experiências demonstraram que essas substâncias podiam se combinar e formar proteínas – os tijolos que compõem todos os seres vivos.

Os estranhos seres das chaminés

Em 1977, os pesquisadores a bordo do submarino americano Alvin encontraram, perto das Ilhas Galápagos, no Pacífico, criaturas parecidas com as que existiram há 4 bilhões de anos, quando surgiram os primeiros seres vivos. A 2 500 metros de profundidade, ao lado de chaminés por onde jorra água quente e gases vindos do interior da Terra, proliferam bactérias muito esquisitas. Elas vivem sem luz nem oxigênio e se alimentam de enxofre.

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