A pasteurização foi o primeiro grande passo que o homem deu, no século 19, para acabar com as infecções. A técnica, utilizada pelo cientista francês Louis Pasteur em 1862, quando ele pesquisava o motivo pelo qual o vinho e a cerveja azedavam, é empregada até hoje na conservação e assepsia de alimentos. Foi a partir dela que se tornou obrigatória a fervura de materiais cirúrgicos e outros objetos a fi m de se eliminar os agentes infecciosos.
Na época, Pasteur descobriu que a fermentação e a decomposição orgânica dos alimentos eram provocadas pela ação de microrganismos e que estes poderiam ser combatidos com o aquecimento. A técnica utilizada hoje pouco difere do primeiro invento e é aplicada sobretudo em líquidos fermentados, leite e derivados, com o alimento sendo aquecido, resfriado e envasado imediatamente, o que mata quase a totalidade dos organismos patogênicos (bactérias, vírus, protozoários etc.).
Dependendo das condições climáticas existentes, se o leite antes azedava em até um dia, o pasteurizado e mantido sob refrigeração mantém sua integridade por muito mais tempo. A pasteurização, porém, não elimina todos os microrganismos, mas os reduz ao mínimo, descontaminando o alimento por tempo determinado.