Pô, Brutus. Até tu?
É pelos olhos de Brutus que o historiador e escritor Alan Massie reconstrói as orgias loucas, as fofocas picantes e as intrigas políticas da sociedade romana pré-cristã
André Santoro
Em 44 a.C., Júlio César estava a um passo de se autoproclamar rei de Roma, como desejava sua jovem amante Cleópatra, a rainha do Egito. Ofuscado pelo poder, não percebeu a conspiração arquitetada por seus companheiros de batalha. Acabou assassinado. Um dos algozes foi o “fiel” conselheiro Decimus Junius Brutus Albinus, filho de uma ex-amante do tirano. É pelos olhos de Brutus que o historiador e escritor Alan Massie reconstrói as orgias loucas, as fofocas picantes e as intrigas políticas da sociedade romana pré-cristã. Ele é o autor de César (Ediouro), o mais novo romance histórico nas cada vez mais lotadas prateleiras do gênero. A obra foi escrita como se fossem as memórias do criminoso fugido. Apesar do desfecho conhecido da trama – sim, leitor, César morre mesmo –, é difícil largar o livro antes de chegar à última página.