Relâmpago: Revista em casa a partir de 9,90

Qual a inflação acumulada na história do Brasil?

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h28 - Publicado em 30 jun 2004, 22h00

Thiago Velloso

Mais de 10 quintilhões por cento! Para ser beeeem mais exato, 10 075 561 044 855 200 000%. É esse o tamanho do apetite do dragão inflacionário de 1829 até 2003.

O número assustador combina cálculos atuais da Fundação Getúlio Vargas a estimativas da Associação Nacional das Instituições de Mercado Financeiro no livro Séries Históricas – Inflação, de 1993.

Oficialmente, a inflação só começou a ser calculada no Brasil em 1920 e de um jeito bem impreciso. As taxas eram medidas pela família de um brasileiro de classe média alta. Leo Affonseca Jr. calculava os gastos em sua casa e enviava os valores para a Fazenda Nacional.

A criação dos índices só ocorreu em 1939, com o IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor de São Paulo). A partir daí, surgiram diversos indicadores. Cada um mede a inflação em diferentes estágios e faixas populacionais. O oficial, visto como indicador da inflação brasileira, é o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). “A grande quantidade de índices é reflexo de um país que passou por uma hiperinflação e tem medo que ela volte”, afirma o economista Salomão Quadros, da Fundação Getúlio Vargas.

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As altíssimas taxas de inflação, a partir da década de 80 (veja gráfico), se tornaram um fantasma na economia brasileira. Mas a maior parte da nossa história é marcada por uma inflação controlada. Houve até períodos de deflação, ou seja, os preços diminuíam, ao invés de subir. Em 1918, a queda chegou a 10,8%.

O principal motivo para a alta foi a indexação de 1979. Se os preços subiam, por causa de uma crise internacional, por exemplo, o governo era obrigado a emitir moeda sem lastro para suprir o aumento de renda e dívida pública. Mas não se fabrica dinheiro sem conseqüências: como crescia a quantidade de moeda em circulação, o valor dela caía. Além disso, existia a chamada inflação de expectativa. Como o brasileiro já sabia que os preços iam aumentar, a alta era promovida antecipadamente.

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Datas marcantes

Os anos mais importantes nessa montanha-russa

A. Indexação do governo Figueiredo atrela salários e rendimentos à variação de um índice

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B. Primeiro grande congelamento de preços, no governo Sarney, dura quase um anoe derruba a inflação

C. Taxas sobem assim que os preços são liberados. Medo de um novo congelamento faz surgir a hiperinflação

D. Ministra da economia Zélia Cardoso confisca poupanças para reprimir gastos e, assim, diminuir as taxas

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E. Confisco não surte efeito desejado e governo Collor faz novo congelamento

F. Galope da inflação chega a taxas inacreditáveis, refletindo a falta de organização da economia

G. Plano Real desindexa preços e salários e estabiliza a inflação

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