Muitas deformidades não podiam ser diagnosticadas pela medicina antes do raio X. O homem já sentia necessidade de enxergar o “invisível” em outras áreas. E, sobretudo, o interior de objetos opacos, as estruturas mais rígidas, como os ossos do corpo. Funcionando como o feixe de luz visível, o raio X é uma radiação emitida por um tubo (chamado Tubo de Coolidge) que atravessa os objetos, visualizados numa chapa fotográfica (radiografia). A primeira chapa, aliás, surgiu em 8 de novembro de 1895, revelando os ossos da mão da esposa do físico alemão Wilhelm Conrad Röntgen, que, com esse feito, ganhou o Prêmio Nobel de física em 1901.
A descoberta foi uma revolução na medicina do início do século 20. Mais tarde, foram possíveis as previsões sobre a arcada dentária, a utilização terapêutica com pequenas exposições sobre a área do corpo afetada e até a detecção de tumores. O raio X foi o pai do ultra-som, da ressonância magnética e da medicina nuclear. Em 1979, veio uma nova revolução com a invenção da tomografia computadorizada, que torna possível a visualização de órgãos moles, como coração e fígado. Não bastasse tudo isso, o invento de Röntgen serve também à indústria, pois é capaz de detectar quebras de peças de máquinas, como braços e roldanas.