Se por um lado a morte sempre foi um fato, uma certeza para o homem, o que acontece conosco depois dela sempre será um mistério instigante. Céu, inferno, ressurreição, reencarnação, e mais milhares de outras possibilidades nos fascinam e amedrontam ao mesmo tempo.
O homem primitivo tinha tanto pavor de que os mortos voltassem para assombrá-lo que, durante muito tempo, não feliz em enterrar os corpos, também os cremava. Com o passar dos séculos, começaram a usar uma espécie de caixão, com a tampa bem lacrada e uma pedra em cima, para assegurar que alma ficaria lá, quietinha.
Em sociedades mais desenvolvidas, como a chinesa e a egípcia, a morte e o sepultamento sempre foram tratados de forma diferente. O medo deu lugar a honrarias, especialmente no caso de pessoas importantes. A morte era motivo de celebração, pois esses povos acreditavam nela como uma passagem para um paraíso. Estudavam o melhor lugar para se enterrar as pessoas e erguiam monumentos para o bem-estar do falecido, como as pirâmides.
A cultura judaico-cristã, desde Roma, passando pela Idade Média e estendendo-se até a atualidade, manteve esse respeito e a idéia de homenagear os mortos em suas sepulturas de lápides rebuscadas.