Soldado PlayStation
O novo uniforme que está sendo testado pelo exército americano faz o soldado se sentir jogando videogame numa lan house
Texto Tiago Cordeiro
TÁ NA CARA
Resultado de 15 anos de pesquisa e US$ 500 milhões de investimento, o sistema Land Warrior concentra as inovações na cara do soldado. Um visor ligado ao olho esquerdo (A) funciona como uma tela de computador com várias utilidades. Fornece um zoom de até 12 vezes, tem mira a laser e visão noturna. Também mostra um mapa dos arredores e marca os inimigos em vermelho e os companheiros em azul (veja abaixo). Por meio de um microfone e um fone de ouvido (B), os soldados se comunicam durante a batalha e compartilham vídeos. Com isso, cada um pode ver tudo o que os demais estão enxergando naquele mesmo momento. Mais legal que Counter Strike.
JOGO DA PESADA
Os vídeos são gerados por uma câmera digital que fica acoplada à metralhadora M-240 (C). Também ficam ali o sensor térmico que gera a visão noturna (D) e a mira a laser (E). No peito, um dispositivo que funciona como mouse (F). É com ele que o soldado muda as telas e envia informações em áudio e vídeo. O problema é que o soldado precisa carregar nas costas uma bateria de 7 quilos, um processador de 400 MHz, uma unidade de GPS e a base do radiocomunicador. Por causa dessa tranqueira toda e da falta de hábito de carregar um visor no rosto, os 230 soldados no Iraque que testaram o Land Warrior não gostaram da novidade. O equipamento vai voltar para a prancheta. Até 2015, o Pentágono quer que ele esteja testado, aprovado e em uso.