E se Star Wars nunca tivesse sido feito?
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Teríamos menos sequências no cinema
Antes de Star Wars, um dos únicos filmes que tiveram continuação foi O Poderoso Chefão (o filme original saiu em 1972; a continuação, em 1974), e mesmo assim não era exatamente uma seqüência da história. Hoje, vários filmes já chegam às telas com continuações programadas. Das 20 maiores bilheterias de todos os tempos, 13 são continuações, como O Senhor dos Anéis e Homem-Aranha. Na verdade, praticamente todo filme com grandes ambições comerciais deixa o final mais ou menos em aberto, para permitir continuações. Às vezes, o efeito é trágico. Superman Returns, de 2006 (aquele com Kevin Spacey no papel de Lex Luthor) termina sem pé nem cabeça, no desespero de deixar a porta aberta para uma continuação. Justamente por isso, o filme acabou mal falado, e naufragou nas bilheterias. Resultado: a tal continuação nunca veio. Os donos da marca preferiram começar a história do Superman do zero quatro anos depois, com o mais bem-ajambrado Man of Steel, de 2010.
Os efeitos especiais teriam evoluído menos
As técnicas para filmagem não permitiam a George Lucas pôr em celulóide todas as suas idéias. Então ele precisou fazer programas de computador que criassem objetos tridimensionais, usou maquetes elaboradas e inventou até um novo padrão de som (o THX) para o cinema. Dali para a frente os efeitos especiais viraram peça fundamental das grandes produções, assim como o som dos filmes, que ficou mais alto.
As salas não teriam tantos filmes para jovens
Antes de Star Wars, com poucas exceções (como Tubarão, de 1976), todos os sucessos de bilheteria eram filmes adultos, dramas ou romances. A partir dali a indústria descobriu que os jovens quando gostam são muito fiéis – podem assistir ao filme mais de uma vez.
A ficção científica seria mais cabeça
Imagine filmes espaciais sem armas laser, alien��genas belicosos e robôs com senso de humor. Até 1977, o filme de ficção científica mais célebre era 2001 – Uma Odisséia no Espaço – obra-prima, mas com pouco apelo junto ao grande público. “George Lucas juntou a tradição de dos filmes antigos de caubói com as coordenadas da ficção científica”, diz o crítico de cinema Sérgio Rizzo.