O lago mais profundo do planeta, o Baikal, na Sibéria, Rússia, teria chamado a atenção até mesmo de alienígenas. Segundo alguns ufólogos, em 1908, visitantes do espaço teriam tentado coletar água da gigantesca reserva, cujo ponto mais profundo fica a 1,6 quilômetro da superfície. Mas a nave espacial dos extraterrestres teria explodido antes da aterrissagem, nas proximidades do vale do Rio Tunkuska Médio, provocando ondas sísmicas por todo o planeta.
Essa história pode não passar de uma lenda, mas o fato é que o misterioso Baikal, que contém 20% da água doce da Terra, atrai visitantes do mundo inteiro. No verão as pessoas vão ao lago para provar suas águas puras, engarrafadas sem qualquer tratamento por meio de um sistema rústico: mergulham-se as garrafas diretamente no lago. O inverno atrai turistas mais ousados, que se arriscam a cruzar dirigindo sua superfície congelada de 31 500 quilômetros quadrados – e nem sempre se dão bem, pois às vezes o gelo se rompe e o automóvel literalmente vai por água abaixo.
O formato do Baikal lembra uma meia-lua, com 636 quilômetros de uma ponta à outra. Além de ser o mais profundo, o lago é o mais antigo reservatório natural de água doce da Terra, formado entre 20 milhões e 25 milhões de anos atrás.