
As plantas sempre se reproduzem pela união do gameta (célula sexual) feminino com o masculino.
No caso do coqueiro o que ocorre é uma dupla fecundação. Um gameta masculino se une à célula ovo, oosfera, dando origem ao embrião. Outros dois gametas femininos se unem dentro do próprio fruto e a eles se junta outro gameta masculino. Esse casamento dará origem ao endosperma, o tecido nutritivo que envolve o embrião.
“O tipo de endosperma do coco-da-baía é peculiar porque suas células originais, quando começam a se multiplicar, dividem apenas seu núcleo, ao contrário de outros tipos que dividem a célula inteira. Esses núcleos que ficam soltos formam um endosperma líquido. À medida que o fruto vai amadurecendo, passa a ocorrer também a divisão do citoplasma – o líquido que recheia todas as células – com formação da parede celular das células periféricas, dando origem à polpa”, explica a agrônoma Maria Emília M. Estelita, da Universidade de São Paulo.
“A função da água de coco é nutrir o embrião durante seu desenvolvimento e a germinação da semente.” Por isso sua composição é extremamente rica: minerais (ferro, fósforo, cálcio), vitamina C, complexo B, hormônios, proteínas, lipídios e açúcar.