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Como funciona a negociação de reféns

Um cenário complexo que envolve a troca de recompensas, invasões e atiradores. Em jogo, estão vidas - da vítima e do sequestrador

Por Nathan Fernandes, Luiz Romero e Paula Bustamante
Atualizado em 2 jun 2017, 18h11 - Publicado em 6 jan 2013, 22h00

1. A cena

A tensão começa muito antes da negociação: o lugar onde o sequestro está acontecendo precisa ser isolado. Sem tamanho específico, precisa ser grande o suficiente para manter a imprensa e os curiosos afastados.

2. O cara

Por telefone ou cara a cara, o negociador se apresenta ao sequestrador e fala em qual setor trabalha. É importante que ele não tenha um cargo alto: quanto mais poder tiver, maiores são as exigências que o sequestrador pensa que pode fazer.

3. Os oráculos

Perto da cena, a equipe de gerenciamento de crise levanta informações sobre o passado do sequestrador, como o histórico criminal e familiar. Podem usar uma base móvel ou ficar num prédio dentro do perímetro.

4. O abusado

Existem perfis de sequestrador. O “comum”, que pode estar fugindo de um assalto e acaba cometendo o crime. E o “passional” ou “terrorista”, que age de forma mais intencional e pode não ter planos de sobreviver.

5. As alternativas

Uma opção é cortar luz e água, para que sua reativação vire um item de negociação. Outros elementos podem ser usados, como comida, cigarros e uma conversa com familiares. Mas existem limites: armas, por exemplo, estão fora de cogitação.

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6. As consequência

Se as vítimas ainda não foram liberadas, a equipe recorre a saídas extremas. Uma das opções é atirar. Neste caso, o sequestrador é direcionado para um ponto visível, como a janela da casa, onde será atingido pelo atirador de elite. Outra opção é invadir o local.

O TEMPO DO NEGÓCIO

7 horas – Duração média de uma negociação.

24 horas – Prazo máximo que o negociador tem. Passado este tempo e as conversas ainda não começaram a evoluir, a polícia cogita usar a força.

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20 anos – Tempo mínimo que uma pessoa precisava ser casada, segundo uma regra em desuso, para virar negociador. O objetivo: experiência em negociação diária.

1 100 – Número de casos solucionados pelo major Diógenes Lucca, que atuou no sequestro de Silvio Santos. Com fama de competente, chegava a ser solicitado pelos próprios sequestradores.

Fontes Marcos do Val, instrutor da SWAT (Armas e Táticas Especiais, na sigla em inglês) e fundador do CATI (Centro Avançado em Técnicas de Imobilização). Negociação de Reféns, de Wanderley Mascarenhas de Souza.

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