Ele viu a humanidade crescer
Como tem uma longa vida pela frente, a Pinus longaeva também não tem pressa para crescer: o diâmetro do tronco dessas árvores aumenta apenas 0,25 centímetro por ano.
Quando a semente de Matusalém, a árvore mais antiga do mundo, começou a brotar, num inóspito barranco da Califórnia, Estados Unidos, os escravos egípcios ainda estavam construindo as pirâmides. E assim como os pobres servos dos faraós, a plantinha teve que enfrentar poucas e boas para sobreviver. No alto das White Mountains, onde vive há 4 700 anos, o vento é fortíssimo, o solo alcalino demais e quase nunca chove. Curiosamente, é por isso mesmo que ela vive tanto tempo. Em condições tão complicadas, os resistentes pinheiros da espécie Pinus longaeva, como Matusalém, tiveram a oportunidade de se adaptar sem a interferência de competidores externos, como outras árvores, arbustos e parasitas. A mais eficiente dessas adaptações é a capacidade de livrar-se de folhas e galhos ressecados pelo frio, mantendo sempre um pequeno núcleo de vida no tronco seco até a chegada da próxima primavera. Como tem uma longa vida pela frente, a Pinus longaeva também não tem pressa para crescer: o diâmetro do tronco dessas árvores aumenta apenas 0,25 centímetro por ano.
• A maior árvore do mundo é a sequóia General Sherman, que também vive na Califórnia. Ela tem 83 metros de altura e um tronco com 11 metros de diâmetro.