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Extinção imediata

Arisca e desconfiada, a gazela-do-iêmen vivia em regiões montanhosas, afastada dos humanos. Mas não longe o bastante, e agora só restam exemplares empalhados

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 19h05 - Publicado em 31 out 2004, 22h00

Leandro Steiw

A gazela-do-iêmen era um animal comum nas montanhas próximas à cidade de Ta’izz, em 1951, quando cinco exemplares foram levados para o Museu de História Natural de Chicago, nos Estados Unidos. Os pesquisadores estrangeiros só voltaram ao local para estudar o comportamento e os hábitos da Gazella bilkis em 1992. Dessa vez, a história era bem diferente. Os cientistas vasculharam todas as planícies e colinas de Ta’izz, mas não encontraram nem rastro do animal. Em 1999, a IUCN (sigla em inglês para União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais) declarou o bicho extinto.

Também chamada de rainha-de-sabá, a gazela-do-iêmen vivia em pequenos grupos, normalmente com um macho e três fêmeas. O lugar preferido eram as montanhas de Ta’izz, com altitudes que variam de 1 230 até 2 150 metros. Os animais nunca foram avistados próximos a áreas cultivadas ou estradas, o que indica que a presença humana não transmitia muita confiança para eles. Como em todos os bichos, o instinto de sobrevivência falava alto. A progressiva degradação do ambiente natural e a caça descontrolada, motivadas pelo homem, reduziram a população de gazelas-do-iêmen. Para a extinção, bastaram os 40 anos nos quais a espécie ficou esquecida nas pesquisas dos cientistas. As únicas gazelas restantes estão empalhadas e são exibidas num museu de Chicago, nos Estados Unidos. A triste imagem imóvel revela um animal elegante, com pêlo marrom e detalhes de branco em volta dos olhos, no pescoço e na barriga. Para se defender dos predadores, a gazela-do-iêmen tinha dois chifres levemente curvados para trás.

O nome da gazela é uma referência à região onde ela vivia. Há 3 000 anos, a rainha de Sabá governava parte da região que é o atual Iêmen. Para os árabes, ela se chamava Belkis, daí o nome científico ser bilkis. A tradição religiosa apresenta a rainha como uma mulher sábia e justa. Exatamente as qualidades que faltaram ao homem antes de exterminar definitivamente a gazela-do-iêmen.

Gazela-do-Iêmen

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Nome científico: Gazella bilkis

Ano da extinção: 1999

Habitat: Iêmen

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