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Inteligência artificial pode identificar pessoas com depressão no Instagram

O algorítmo relaciona, com 70% de certeza, o conteúdo das fotos à saúde mental do usuário

Por Helô D'Angelo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h58 - Publicado em 23 ago 2016, 15h15

No Instagram, há 4 mil posts com a tag #QueriaEstarMorta – e 30 mil marcados com #Depressão. Claro, muitas dessas postagens são memes, brincadeiras comuns na rede. Mas, em alguns casos, isso é sério: as fotos com legendas relacionadas à depressão e outras doenças mentais podem ser pedidos de ajuda. Pensando nisso, cientistas de Harvard e da Univesidade de Vermont, nos EUA, desenvolveram um algorítimo capaz de identificar posts de pessoas nessa situação. A ideia é dar à rede social mais instrumentos para apoiar esses usuários.

Com uma base de dados de 40 mil fotos, o algorítimo consegue definir se a pessoa que postou a foto tem ou não a doença – tudo a partir do estilo da imagem compartilhada. Os pesquisadores descobriram que quem tem depressão costuma postar fotografias mais escuras, azuladas, em tons de cinza ou em preto e branco – especialmente com o filtro P&B “Inkwell” (as pessoas saudáveis, por outro lado, costumam usar o “Valencia”, que deixa as imagens mais coloridas e vivas). Os cientistas também observaram que os posts dos deprimidos conseguem menos likes do que os de pessoas saudáveis – e a maioria são selfies.

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Para criar o “detector de depressão”, foi um baita trabalho. Primeiro, os pesquisadores reuniram 40 mil posts de 170 voluntários, e pediram que eles respondessem a um questionário sobre saúde mental – dentre os participantes, 70 tinham a doença. Depois, analisaram algumas características das fotos publicadas, como o contraste, o brilho e a saturação da cor.

Aí, para determinar o nível de interação social dos usuários da rede, que geralmente é mais baixo para quem tem a doença, eles usaram um mecanismo de reconhecimento facial que contava quantos rostos cada foto tinha.

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O número de curtidas em cada post foi contabilizado para estudar a recepção das fotos por outras pessoas. Depois, um outro grupo de participantes, que não estava tendo as próprias contas do instagram analisadas, classificou cada post como “feliz” ou “triste”. 

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Finalmente, com esses dados nas mãos, os pesquisadores alimentaram uma inteligência artificial programada para relacionar características das fotos à saúde dos usuários. O algorítmo foi “solto” na web para analisar 100 outras contas no instagram (que não estavam no banco de dados), e o resultado foi impressionante: o programa conseguiu determinar com 70% de certeza se a pessoa tinha ou não depressão. 

Claro, 70% ainda é um número muito baixo para que o Instagram se convença a usar a tecnologia. Mas, se o banco de dados for alimentado com mais fotos e dados, esse número pode aumentar. Aí, quem sabe, a rede social se interesse em usar a ferramenta para dar um apoio a mais para os instagrammers – assim como o Facebook já fez para prevenir suicídios.

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