Morte branca na Polinésia
Desde o ano passado, os recifes de corais da Polinésia Francesa, no Oceano Pacífico, estão mudando de cor e morrendo.
O mistério, que ainda não pôde ser explicado pelos cientistas, ameaça aniquilar uma das mais ricas paisagens submarinas do planeta e foi batizado de “morte branca” devido à forma como se manifesta: os corais, normalmente verde-escuros, ganham belíssimos tons fluorescentes, que variam do amarelo ao azul, depois ficam brancos e morrem. Por enquanto, os técnicos do Departamento de Terra, Oceano e Atmosfera do ORSTOM – o instituto de pesquisas científicas do governo francês – sabem apenas que a mortandade já atingiu cerca de 400 quilômetros das barreiras de corais e que algumas espécies coralíneas apresentam um nível de contaminação de até 90%.
No mais, tudo não passa de especulação. Alguns relacionam o fenômeno ao El Niño, que teria retido na área das ilhas, em 1991, uma mancha de água com 30º de temperatura média, dois acima do normal. Outros levantam a hipótese de que o aumento da incidência dos aios ultravioleta devido ao buraco na camada de ozônio seria a causa dessa destruição.