Sapatos trazem mais poluição
Segundo estudos apresentados na Conferência Internacional de Qualidade do Ar, em Toronto, no Canadá, os sapatos são um veículo involuntário de poluição.
O antigo costume muçulmano de tirar os sapatos ao entrar numa mesquita pode ter um utilidade além de seu sentido religioso. Segundo estudos apresentados na Conferência Internacional de Qualidade do Ar, em Toronto, no Canadá, os sapatos são um veículo involuntário de poluição, acumulada sobre os tapetes. Os autores dos estudos pesquisaram a poeira aspirada dos tapetes em uma centena de casas de Seattle, nos Estados Unidos, e descobriram níveis muito altos de chumbo, material tóxico adicionado à gasolina. Nas poucas casas em que o hábito dos moradores era tirar o sapato assim que entravam, havia menos chumbo no ambiente. “Se fizéssemos uma pesquisa semelhante no Brasil, a contaminação seria ainda menos”, esclarece o químico Cláudio Alonso, da Companhia de Saneamento Ambiental de São Paulo (Cetesb). “Desde 1978, quando se começou a adicionar álcool na gasolina, em vez de chumbo, diminuiu a porcentagem desse material no ar”.