Terra , a árvore da vida
Todos nós, portanto - do tigre ao brócolis, do bolor ao Pelé, - somos descendentes diretos dela.
Há uns 3,5 bilhões de anos, quando a Terra ainda dava suas primeiras voltas (o planeta tinha só 1 bilhão de anos), da fria química fez-se a vida. De alguma maneira ainda pouco entendida, os aminoácidos, abundantes no planeta, juntaram-se de forma a criar o material genético – moléculas capazes de se reproduzir e de passar suas características para os descendentes. Nascia assim, em silêncio, sem ninguém para assistir, a vida. Todos os seres que existem hoje – da baleia à samambaia, do vírus à Luana Piovani -, compartilham algumas características com aquela célula primordial. Todos nós, portanto – do tigre ao brócolis, do bolor ao Pelé, – somos descendentes diretos dela.
Uma metáfora comum para a história da vida na Terra é uma árvore. O tronco seria aquela célula primordial, de onde todo o resto derivou. Ao longo dos milênios, galhos foram se bifurcando – são os grandes grupos de seres vivos diferenciando-se dos outros. Dos galhos, saíram ramos, dividindo-se em outros cada vez menores. É a biodiversidade da Terra crescendo. A humanidade, nessa árvore da vida, não passa de um raminho, desses que só servem de suporte para uma única folha, perdida no meio da copa frondosa. Não somos sequer um ramo longo. Estamos na Terra relativamente há poucos anos e – pasme – provavelmente não iremos longe, segundo os estudiosos. “O homem é um ser cada vez mais especializado, com dificuldades de adaptação”, afirma o paleontólogo Fahad Moysés Arid, da Universidade Estadual Paulista. “Os insetos se adaptam melhor, estão em expansão e devem dominar a Terra em alguns milhões de anos”.
Uma parte dessa saga biológica na Terra – a parte que se refere aos animais – está aqui representada, nesta “árvore da vida”. Divirta-se. Essa é também a sua história.