Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Como a ciência busca por inteligência extraterrestre?

Sim, eles buscam

Por Redação Mundo Estranho
Atualizado em 22 fev 2024, 10h54 - Publicado em 18 abr 2011, 18h58

Mais ou menos do mesmo jeito que você tenta sintonizar uma estação radiofônica. Os cientistas também procuram captar ondas de rádio, só que vindas do espaço. E com antenas superpotentes: os chamados radiotelescópios, capazes de captar bilhões de sinais ao mesmo tempo. Aí, então – no meio da chiadeira produzida por corpos celestes, satélites e outras transmissões terráqüeas -, eles tentam encontrar algo que se pareça com uma mensagem enviada por ETs inteligentes. Isso é basicamente o que faz o pessoal do instituto americano Seti (sigla para Search for Extraterrestrial Intelligence, ao pé da letra, “busca por inteligência extraterrestre”). O problema é que nossa tecnologia ainda é muito atrasada para captar o que poderia ser uma transmissão de informação entre, digamos, Alpha e Beta Centauro.

O que dá para fazer é buscar por sinais que os extraterrestres teriam enviado de propósito, como se tentassem dizer “oi, estamos aqui!” em uma língua universal. Mas que linguagem seria essa? Para os pesquisadores do Seti, só poderia ser a da química. Assim, os alienígenas talvez enviassem sinais indicando, por exemplo, a presença de água em seu planeta. Como os elementos da água vibram em freqüências específicas (1,42 e 1,72 gigahertz), supõe-se que ETs transmitiriam mensagens para cá usando essa faixa. Outra estratégia é vasculhar as sintonias mais finas possíveis. Como as estrelas e outros corpos não produzem sinais abaixo de 300 hertz, essa faixa seria uma boa pista. “Também procuramos sinais que piscam sem parar e poderiam indicar um emissor inteligente”, diz o astrônomo Seth Shostak, do Seti. O instituto ficou famoso com o filme Contato (1997), em que o personagem de Jodie Foster chega a usar fones de ouvido para buscar sinais de ETs – e encontra! Mas, no Seti real, as coisas não são bem assim.

A varredura é feita exclusivamente por computadores. E você pode emprestar o seu. É que, para separar o joio (as interferências mais manjadas) do trigo (sinais, a princípio, de origem desconhecida) são necessários inúmeros cálculos. Aí que você entra. No site setiathome.ssl.berkeley.edu dá para baixar um programa que usa o tempo ocioso do seu computador para ajudar as máquinas do Seti a fazer esses cálculos.

Veja também:

Continua após a publicidade

Até onde conseguimos ver no Universo?

Os “homens de preto” realmente existem?

Auxílio digital Ondas captadas do espaço são analisadas em computador antes de serem estudadas pelos cientistas

Continua após a publicidade

Os sinais recebidos pelos radiotelescópios aparecem da forma ao lado nas telas dos computadores. O sistema utiliza um software que também pega carona em radiotelescópios dedicados a outros projetos científicos.

Os três picos (no centro e nas extremidades) representam interferências conhecidas pelos astrônomos do Seti. O software utilizado infere que essas ondas não vieram de ETs

O mesmo gráfico reaparece aqui, só que com as interferências conhecidas já descartadas. As ondas restantes serão, então, estudadas mais a fundo pelos cientiestas.

Continua após a publicidade
Gigantesco ouvido eletrônico Radiotelescópio é a ferramenta básica do SetiUma rede de cabos de aço sustenta a plataforma superior, que pesa 900 toneladasO refletor de 305 metros de diâmetro capta ondas vindas do espaço. Ele é o mais sensível construído até hoje

Na plataforma, ficam antenas que orientam a direção para a qual a máquina deve buscar sinais. Daqui os sinais recebidos pelo refletor são enviados para os computadores

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.